O Covilhã ultrapassou, nesta tarde de quarta-feira, o Amora, por 2-0, com golos em cada uma das partes, e voltou a entrar no ‘top-4’ que dá acesso à discussão pela subida de divisão. Num jogo de ataque aberto e onde os dois guarda-redes estiveram num ótimo plano, realce-se a competitividade apresentada pelas duas equipas.
O Covilhã entrou decidido e autoritário no jogo em atraso, desta tarde de quarta-feira, com o Amora, e referente à jornada 15 da série B da Liga 3. A equipa da serra impôs-se, logo de início, recorrendo a um futebol ofensivo e com a firme disposição de chegar depressa ao golo. O que aconteceu, aos 23’, com um excelente golpe de cabeça de Mohammed Adams, à entrada da pequena área, e na sequência de um pontapé de canto apontado por Michel Camargos. Este golo, madrugador, premiou a boa entrada dos serranos, que, ainda antes de terem chegado à vantagem, dispuseram de duas boas oportunidades – Elijah (9’) obrigou Ruben Rendeiro a uma espectacular defesa, e Diogo Ferreira (21’) rematou com potência à entrada da área, mas, também aí, o guarda-redes do Amora correspondeu com mais uma grande defesa.
Depois do golo, os visitantes deram um sentido de aventura ao seu jogo, aproximando-se com mais frequência da área contrária, e Miguel Montenegro (32’) só falhou no remate. O jogo ficou, então, mais vivo e interessante, pois os locais nunca deixaram de procurar novo golo, o que contribuiu para que o espectáculo se tornasse também mais emotivo, ainda antes do intervalo. O Amora dispôs da sua melhor oportunidade (38’), quando João Oliveira, na área, em zona frontal, rematou fora do alvo, quando se encontrava em posição privilegiada.
Numa tarde de muito vento na Covilhã, o que dificultou a ação dos jogadores, o Amora encarou a segunda parte com outra atitude, dando um cariz ainda mais ofensivo ao seu jogo, e muito por influência de Eba Viegas, agora mais aberto no corredor direito. A equipa visitante arriscou muito mais, refrescando o ataque, teve mais bola, é verdade, mas a primeira situação de perigo só surgiu aos 57’, quando Pedro Marques, de cabeça, obrigou João Gonçalo a uma grande defesa, e em mais uma jogada de Eba Viegas. Os locais protegeram muito mais a sua área, é um facto, mas sem perderem de vista a baliza de Rendeiro. Bruno Reis teve no seu pé direito a grande oportunidade para o 2-0, aos 66’, mas Ruben Rendeiro voltou a provar que está num excelente momento e correspondeu com mais uma grande defesa.
No último quarto de hora, a equipa do Seixal procurou com insistência o empate, e dispôs, pelo menos, de três ótimas oportunidades, mas em qualquer uma delas o guarda-redes João Gonçalo impôs toda a sua classe, evitando o golo. Remates de Miguel Montenegro (76’), João Oliveira (81’) e Sidnei Jr (83’). Na fase em que os visitantes arriscavam tudo, o Covilhã chegou ao 2-0, com uma recuperação de bola de Opeyemi no meio campo, que, com um bom passe, isolou Elijah, que, por sua vez, picou a bola por cima do guarda-redes, desfazendo aí com qualquer dúvida quanto ao resultado.
FPF
Estádio Municipal José dos Santos Pinto
Árbitro: Flávio Lima
Árbitros assistentes: Gonçalo Nunes e Telmo Baptista Quarto árbitro: Diogo Ferreira Gonçalves
SC COVILHÃ 2: João Gonçalo, Tiago Moreira, Pedro Casagrande, Mohammed Adams, Michel Camargos (José Pereira, 90’+3’), Gilberto Silva (Cap.) (Rodrigo Ferreira, 90’+3’), João Traquina, Bruno Reis, Diogo Ferreira (Opeyemi, 74’), João Vasco (Zé Tiago, 63’), Elijah Benedict (Paulinho, 90’+3’).
Suplentes não utilizados: Igor Araújo, Zé Simão, Chico Cardoso, Afonso Andrade.
Treinador: Alex Costa
Disciplina: cartão amarelo para Michel Camargos (12’), Mohammed Adams (75’), Elijah Benedict (86’).
AMORA FC 0: Ruben Rendeiro, Gonçalo Tavares, João Sousa (Cap.) (Mboulou Júnior, 46’), Pedro Marques, Vasco Sousa (Sidnei Jr.), Filipe Maio, Miguel Montenegro, Miguel Silva (Toró, 63’), Eba Viegas (Beni Souza, 73’), João Oliveira, Toni.
Suplentes não utilizados: Cléber Santana, Hugo Costa, Duarte Maneta, Casimiro, Matias Mariano.
Treinador: Pedro Costa
Disciplina: cartão amarelo para Filipe Maio (14’), Pedro Marques (89’).