Miguel Oliveira, conhecido como Migueli, é o treinador do Esmoriz, uma das três equipas de Ovar na divisão de elite da AF Aveiro. O concelho está fechado do resto do País, medida decretada há alguns dias face à incidência de casos de Covid-19, já se registam 64, numa escalada que recebeu explicação de uma transmissão comunitária. As preocupações na sede do concelho estendem-se pelo território e condicionam a ação em Esmoriz.
«É um momento delicado. Mas primeiro temos de pensar na vertente humana. É fundamental que cada um se proteja e faça o possível para passar entre “os pingos da chuva” e que possamos voltar todos de boa saúde e preparados para o restante campeonato», explica Miguel Correia, espinhense e, por isso, com maior liberdade de movimentos.
«Em Espinho não se sentem as restrições e estão abertos todos os estabelecimentos permitidos… como supermercados, farmácias, padarias e frutarias…Faço saídas rápidas, para compras e aproveito para ir ver o mar, que nos retira toda esta pressão. É tempo de leituras, filmes e jogos com os meus filhos», afirma o técnico, consciente que atletas estão a cumprir com tudo o que foi combinado, a partir da situação de emergência em Ovar.
«Vou mantendo comunicação com o capitão Dani Pereira, uma vez que os jogadores têm um grupo de whatsaap. Em Esmoriz residem sete, o que resto espalha-se por Porto, Santa Maria da Feira e Espinho. Para já está tudo normal, isto é, estão todos bem e tentando manter a forma. Não foi criado um plano de treino, pedimos a cada um para fazer o máximo possível para manter alguns índices físicos, o que não é nada fácil», sustenta.
A Bola