O FUTEBOL ONTEM E HOJE

Escrevo este comentário na sequência do empate (1-1) conseguido ontem pelo Benfica já no tempo de compensação, no Estádio das Antas, não para dizer que é um resultado justo ou não, embora considere que Rui Vitória ‘mexeu’ na sua equipa na segunda parte melhor do que Nuno Espírito Santo, mas para voltar a uma questão que me levou a escrever, no dia 10 de outubro, a um jornalista e comentador desportivo bem conhecido dos portugueses, que aprecio pelo conhecimento e equilíbrio como faz a análise do futebol, pedindo-lhe parecer. Um pormenor simples, que passa despercebido, ou sem interesse, à maioria das resmas de comentadores que inundam jornais, rádios e televisões no nosso país. E porque são raras as referências à questão em causa, foi com satisfação que ouvi ontem Rodolfo Reis, comentador no programa Play-off, da Sic, chamar a atenção para o que considerou falha da defesa do FC Porto, ao não colocar um jogador junto ao poste da baliza onde entrou a bola rematada de cabeça por Lisandro López. Esta era uma prática que se usava nos tempos em que Rodolfo Reis jogava no FC Porto e na selecção nacional, nos tempos em que o futebol era diferente do que se pratica hoje. A utilização de um jogador a casa poste, na marcação dos cantos, entrou em desuso. O futebol, na minha modesta opinião, perdeu com isso. O que vemos hoje é um amontoado de jogadores na zona frontal das balizas às cotoveladas e empurrões, deixando espaços importantes livres, que são muitas vezes aproveitados por quem ataca para fazer golos, como ontem Lisandro para o Benfica. A culpa do empate no Estádio das Antas não pode ser atribuída apenas ao ‘erro’ de Herrera por pontapear a bola pela linha de cabeceira…

Manuel Gonçalves

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