O BC Branco está apurado para a final da Taça de Honra da AF Castelo Branco (clubes dos campeonatos nacionais), depois de ter vencido em Oleiros, por 2-1, mas terá realizado nesta partida o seu pior apronto de pré-temporada.
Sem ponta-de-lança de raiz face aos impedimentos de Gilson Varela e Adul, era expectável que o processo ofensivo fosse afetado, mas o que mais sobressaiu foi o número de “apertos” que a equipa de Ricardo António teve em termos defensivos, sobretudo quando a bola era jogada pelo ar.
“Estivemos muito longe daquilo que temos de fazer. Não vou valorizar tanto porque nos anteriores jogos não aconteceu. Mas é um alerta e se estas coisas têm de acontecer que seja agora, para serem corrigidas”, comentou o treinador albicastrense.
O único aspeto positivo que Ricardo António viu no encontro do último sábado no Municipal de Oleiros foi a volta dada a uma desvantagem inicial. Os locais marcaram aos 17 minutos: Lelé surgiu nas costas dos centrais albicastrenses e fez um chapéu a Ruben Alfaiate. A reviravolta aconteceu em dois lances de bola parada (livre de Dani Matos e penálti de Tomás).
O ritmo do BC Branco, mais adiantado na preparação, foi superior. Sem homens para “brigar” com os centrais e apenas com um extremo (Ballack tocado não jogou), só a espaços conseguiu exibir algum futebol. Ruben Nogueira (41’) enviou uma “bomba” à barra da baliza de Luís Pedro.
O Oleiros teve vinte minutos iniciais bons. Lélé e Diego destacaram-se nesta fase. Já na segunda parte, quando o treinador Paulo Machado operou substituições, houve um clique que trouxe a equipa novamente para o jogo, já depois do Castelo Branco ter empatado. E foi daí que nasceram as dores de cabeça de Ricardo António, tal a facilidade com que o Oleiros apareceu em zonas de finalização. Um livre de Chiquinho (59’) foi devolvido pelo ferro da baliza encarnada, defendida por Miguel Lázaro na 2.ª parte, mas Miguel Luz, Amona e Jackson estiveram também em condições de marcar.
O Oleiros jogou o último quarto de hora com menos uma unidade por lesão de Jackson e sem substituições para fazer.
Artur Jorge (Jornal Reconquista)
foto: Francisco Afonso