A Nogueirense apresentou uma denúncia à Polícia Judiciária por suspeita de viciação de resultado no jogo Oliveira do Hospital-Pampilhosa, da Série E da fase de manutenção do Campeonato de Portugal Prio, já negada pela formação anfitriã.
Em comunicado, a Nogueirense solicitou a investigação por “suspeição de viciação de resultados” no encontro da 14.ª e última jornada, disputado no domingo, e que terminou empatado 1-1, permitindo que o Pampilhosa assegurasse a manutenção, com os mesmos pontos do emblema de Nogueira do Cravo, que foi relegado para o playoff.
O Oliveira do Hospital, já despromovido, reagiu em comunicado na sua página oficial no Facebook, considerando inadmissível que, “quem quer que seja, ponha em causa a dignidade do clube, da sua equipa técnica, atletas e dirigentes, e salienta o empenho que todos demonstraram na tentativa de evitar a descida do clube aos campeonatos distritais”.
Na sua queixa, a Nogueirense diz que a segunda parte do encontro começou com 10 minutos de atraso, além de outras situações que entende passíveis de investigação, como a alegada passividade dos jogadores do Oliveira do Hospital na parte final do encontro.
“Nesse período, o Oliveira do Hospital faz um penálti sendo o mesmo defendido pelo guarda-redes. De seguida, e sem que nada o fizesse suspeitar o mesmo guarda-redes simulou supostamente uma lesão, tendo pedido para sair, numa fase em que já se estava em fase de descontos sobre descontos, sendo substituído por um jogador de campo (…). No último lance do jogo, a equipa do Oliveira do Hospital, após um lançamento lateral, permitiu que o jogador do Pampilhosa, que recebeu a bola, percorresse todo o campo e finalizasse sem ter qualquer oposição, nem tão pouco qualquer tentativa de desarme”, lê-se na missiva do Nogueirense.
De acordo com o emblema de Nogueira do Cravo, estes incidentes ocorreram, “por coincidência ou não, após as pessoas presentes no estádio terem tido conhecimento do fim do jogo Nogueirense-Operário [1-1], que, por ter começado no horário normal, acabou mais cedo”.
Perante esta queixa, o Oliveira do Hospital reagiu, negou as acusações e admitiu também recorrer à Justiça para salvaguardar o seu bom-nome.
“Independentemente de quem o faça – seja de que forma seja, e através do meio que tal suceda – responsabilizarão todos quanto ponham em causa o bom nome do clube e de todos quanto, de forma abnegada e há tantos anos, contribuíram e contribuem para que o clube subsista”, rematou o comunicado dos órgãos sociais do Oliveira do Hospital.
LUSA