“Acreditei sempre que iríamos resolver o problema da manutenção”.

A manutenção conseguida a uma jornada do fim, mas com muito sofrimento…

Era o sofrimento que todos nós não queríamos, mas que, a partir do momento em que a Académica, no Estoril, entra como último classificado, se previa. Embora, como é lógico, todos pensássemos que esse sofrimento poderia terminar após o jogo com o Gil Vicente. Tínhamos todas as condições para acabar com esse sofrimento, mas quis o destino que o prolongássemos até à penúltima jornada. Mas o principal objetivo está alcançado, com mérito dos jogadores, que foram a peça-chave deste sucesso. Ao contrário do que se fez passar, o treinador teve uma quota-parte muito reduzida.

Chegou a temer que o seu sonho se tornasse num pesadelo?

Não, em momento algum. Quem me conhece sabe que mantenho um equilíbrio muito grande do ponto de vista psicológico. Não desespero nas contrariedades, mas também não entro em euforias quando as coisas correm bem e julgamos que as coisas estão completamente definidas. Foi esse equilíbrio que se passou para o balneário e para os jogadores.

Em algum momento pensou que poderia ter o seu nome associado a uma eventual descida de divisão da Académica?

Não, nunca me passou pela cabeça. Sabia que, à minha frente, tinha homens com coragem e jogadores que acreditavam que iam alcançar esse objetivo. As primeiras jornadas após a minha entrada foram muito importantes, mas sabíamos que isto ia ser uma maratona terrível e que havia quatro/cinco equipas envolvidas neste percurso. Nós, com a nossa competência, rigor e seriedade, fomos dando passos seguros. Houve momentos em que não pareceu, mas em que um ponto conquistado acabava por ser um ponto muito importante, porque, à medida que o campeonato se aproximava do fim, nós aumentávamos um ponto e aumentávamos a distância para os adversários diretos. Acreditei sempre que iríamos resolver o problema da manutenção.

AS BEIRAS

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