Oito clubes da Liga e nove da 2.ª Liga, hoje reunidos em Oliveira de Azeméis, ameaçam paralisar os campeonatos se não forem tomadas medidas no sentido de garantir o alargamento das competições profissionais.
Da reunião de quatro horas resultou um comunicado de dez pontos que reforça o apoio ao presidente da Liga, Mário Figueiredo, e critica a posição de Fernando Gomes, líder da Federação, garantindo os emblemas representados que não vão permitir que a imagem dos clubes sai denegrida do processo com vista ao alargamento dos campeonatos.
Para o efeito, vai ser solicitada uma reunião entre a Liga, a Federação e os clubes profissionais, da qual deverão resultar posições concretas a respeito não só do alargamento, mas também do ‘totonegócio’, dos direitos das transmissões televisivas e da formação das equipas B, sob pena de serem tomadas «medidas drásticas» que, no limite, poderão redundar na paragem das provas profissionais.
«Alargamento é irreversível»
José Godinho, presidente da Oliveirense, foi o porta-voz dos 17 clubes que se fizeram representar na reunião de Oliveira de Azeméis.
«O alargamento é irreversível. A menos que adotemos um regime ditatorial, a decisão da Assembleia da Liga tem que ser respeitada», atirou.
Confrontado com uma eventual greve nas competições profissionais, José Godinho preferiu falar em «paragem», argumentando que «o futebol não faz greve».
Gil Vicente, Feirense, Paços de Ferreira, Beira-Mar, Olhanense, UD Leiria, V. Setúbal e Marítimo, Trofense, Arouca, Penafiel, Portimonense, Sp. Covilhã, Freamunde e Oliveirense foram os 17 clubes que se fizeram representar na reunião que hoje decorreu numa unidade hoteleira de Oliveira de Azeméis
A vitória do Benfica, esta tarde, sobre o SC Braga, colocou a equipa encarnada no topo da tabela no campeonato nacional de juniores. A derrota dos bracarenses, entretanto, foi bem aproveitada pelo Sporting que subiu ao segundo lugar em igualdade pontual.
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