Michael Domingues não gosta de mediatismo. Às muitas solicitações dos adeptos colombianos acena, devolve o cumprimento com um sorriso, mas não sai do seu espaço de serenidade.A timidez é traduzida em pequenos actos sem nunca ser inconveniente. Prefere a tranquilidade, longe das luzes da ribalta que muitos procuram. Esse sossego começa, porém, a ser quase insustentável, dadas das exibições neste Mundial.
É o único que ainda não sofreu golos na prova. Na vitória sobre a Argentina foi também herói ao defender o penalty de Nicolas Tagliafico, que haveria de ser decisivo em mais uma histórica presença de Portugal numa meia-final de um Mundial.
O dia seguinte, após mais 40 mensagens escritas, 15 telefonemas e inúmeras felicitações de toda a parte, pouco mudou na vida de Michael Domingues. Teve o seu momento de euforia, é certo, em pleno relvado do Estádio Jaime Morón, em Cartagena, mas agora os níveis de concentração precisam de equilíbrio.
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