Mais uma final ganha das 4 que faltavam para o términos do campeonato. Num jogo de muita luta e entrega por parte de ambas as equipas, condicionado e muito pelo forte vento que se fez sentir, (mais na primeira parte) e pelo grande apoio que os adeptos unionistas deram uma vez mais a uma equipa que só a vitória permitia continuar ligada à máquina da manutenção.
Curiosamente, ainda os ponteiros do relógio não tinham completado o primeiro minuto de jogo, já a equipa visitante tinha desperdiçado soberana oportunidade de golo, com Carlos Manuel a cruzar para Horácio falhar o que parecia ser golo certo.
Só que apenas um minuto depois, Zim ganhou o primeiro pontapé de canto, num lance de garra, demonstrando assim quer o seu querer, quer o dos seus companheiros para todo o jogo.
Á saída dos primeiros minutos 10 minutos de jogo, valeu o capitão Marco Aurélio estorvando Horácio a responder da melhor forma a mais um cruzamento de Carlos Manuel. Aos 16’ Tamandaré ganhou nas alturas uma bola, endereçando-a para Zim que solto do lado direito do seu ataque, arrancou grande pontapé, fazendo o poste direito tremer, tal a violência do remate.
Foi o sinal que faltava para a equipa de Morgado se soltar e ir para cima do forte adversário, que apesar da resposta dada pelo mesmo, não deixou de criar 3 soberanas de golo para se adiantar no marcador, ainda antes do intervalo.
Aos 20’ o jovem Juvenal centrou largo, tendo o guarda-redes espinhense tirado o pão da boca a Tamandaré. Aos 39’, Zim ainda introduziu a bola na baliza adversária, mas encontrava-se em posição irregular.
Aos 43’, depois de excelente trabalho de Miguel Neves na esquerda, que centrando com peso e medida, encontro Zim algo desenquadrado com a baliza e com o tempo de salto.
Os homens de Filipe Rocha, tiveram à passagem dos 30 minutos uma boa oportunidade, mas Nelson Fernandes negou o golo a Horácio.
Zero a zero ao intervalo, que poderia perfeitamente ser um 1 a 0 ou 2 a 1 para a equipa de Santa Catarina da Serra.
Nos segundos 45 minutos mais do mesmo, jogo aberto, boas ocasiões para ambas as equipas, mas por isto e aquilo, só um golo marcado.
Foi aos 53 minutos, quando Tamandaré quase sempre com uma entrega total e uma luta tremenda com os centrais adversários, ganhou um ressalto na área de Renato, colocando assim a Serra na frente do marcador.
A partir daqui e com as alterações que ambos os técnicos foram realizando, o jogo entrou numa toada de parada e resposta, que com o aproximar do final, transformou a equipa serrana numa equipa mais de contra ataque.
Neste período várias oportunidades para cada lado, com ambos os guarda-redes a brilharem a grande altura, pois os lances em que tiveram de intervir, foram propícios a tal desiderato.
Apesar de achar de que foi na força colectiva, que ambos os conjuntos alicerçaram cada uma das suas exibições, para lá dos jogadores já referidos, destacaria ainda no aspecto individual, João Martins e Nelson Sousa na União. Filipe Melo e Elísio no Espinho.
Campo da Portela, em Santa Catarina da Serra
Árbitro: Tiago Martins (AF.Lisboa)
U.Serra:Nelson Fernandes; Juvenal, Nelson Sousa, Marco Aurélio (cap.) e Beto; Pedro Santos, (Nelson Brites, 65’), Miguel Pinheiro e João Martins, (Parracho, 87’); Zim, (Bruno Matias, 75’), Tamandaré e Miguel Neves.
TREINADOR: Luís Morgado
Sp.Espinho: Renato; Tiago Lopes, Correia, (Vando, 86’), João Marques e Hélder Lopes; Barbosa e Filipe Melo; Carlos Manuel, Vieira (Ivan, 61’) e Elísio (Bessa, 65’); Horácio.
TREINADOR: Filipe Rocha
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Tamandaré (53’)
Acção disciplinar: Amarelo a Hélder Lopes, 52’; Barbosa, 59’; Miguel Pinheiro, 78’; Vando, 86’ e Bessa, 90 + 1’.Cartão vermelho directo a Pedro Miguel, no banco.
Virgílio Gordo