A partida iniciou-se sem que no entanto tivessem sido criadas grandes ocasiões de perigo no início da partida para além de uma tentativa de Diogo Caramelo, que não conseguiria desfeitear Wilson Soares, que se mostrava um guardião tranquilo pela forma coesa com que fechavam os caminhos os caminhos da sua baliza, o que poderia ter sido alterado aos 21 minutos, num perigoso cruzamento para a área, onde Edson Silva quase marcou de cabeça.
O Benfica aparentava uma maior velocidade de execução em termos ofensivos, acabando por não conseguir perigar o último reduto leiriense como desejava pela forte coesão manifestada entre todos os sectores da equipa da União, conseguindo os visitantes abrandar o ritmo do encontro para assumir uma boa colocação territorial na globalidade do seu esquema, o que sucedeu até á passagem da meia hora, altura em que os encarnados abriam o marcador.
O golo inaugural seria originado numa boa abertura desde o meio-campo encarnado, tendo o passe longo sido colocado na grande área, onde nenhum defensor leiriense conseguia afastar o perigo, tendo Paulo Teles sido mais lesto, libertando-se e atirando forte para o primeiro golo da tarde. A vantagem encarnada introduziria uma boa fase de futebol atacante na partida, tendo aos 34 minutos Diogo Caramelo atirado desviado para canto, tendo a partir desse lance Edson Silva quase aproveitado para converter de cabeça.
Dois minutos volvidos seria Luís Martins a tentar sorte num chapéu que visava surpreender Wilson Soares, que aos 38 minutos seria novamente incomodado por Paulo Teles, que atirou á figura do guarda-redes, que aos 43 minutos voltou a ver o Benfica a aproximar-se do segundo golo, desta feita após uma boa arrancada de Ivan Cavaleiro pela esquerda para tentar servir Diogo Caramelo na área.
O ponta-de-lança não teve a possibilidade de desviar o esférico para as redes, ganhando canto, tendo o intervalo chegado pouco depois, com o Benfica a vencer de forma tangencial mas plenamente justa uma União de Leiria esforçada e bem colocada estrategicamente.
A perder pela distância mínima, a União de Leiria imprimia alterações ao intervalo, tendo mesmo alterado o seu esquema táctico com a entrada do possante Almir para o lugar de Jardel, passando o clube da cidade Lis a atacar com uma dupla de atacantes entre Almir e o titular Carlos Daniel, passando a actuar num 4x1x3x2 que fazia Dário Marquês recuar ligeiramente no terreno para tentar tornar errada a tentativa benfiquista de gerir um resultado conveniente.
A tentativa de correr maiores riscos por parte da União constatou-se no início da segunda parte, mostrando-se os visitantes mais ousados, aproximando-se das redes de Ederson Moraes sem que no entanto tivessem conseguido qualquer ocasião clara de golo, o que dava azo a uma partida pouco esclarecida ao nível táctico, deixando bem á vista um excesso de disputas da posse de bola na zona central.
Chegado o minuto 67, Diogo Caramelo colocou-se em plano de evidência quando se conseguiu desmarcar, não tendo, todavia, conseguido o remate face à boa pressão movida pelos centrais, tendo três minutos volvidos o mesmo jogador arrancado um bom gesto individual que colocou Rúben Pinto em boa posição, não tendo o ’10’ encarnado chegado ao golo devido a um atempado desarme de Wilson Soares, que via o Benfica aumentar a sua preponderância de forma progressiva.
Ao mesmo tempo, a União de Leiria baixava novamente de produção, perdendo alguma combatividade, o que lançava um período final marcado pela busca do golo da tranquilidade por pare das águias, que poderia ter chegado aos 83 minutos após uma boa jogada pela direita que culminou num cruzamento rasteiro de Jean Silva para a zona de acção de Souleymane Diagne, que em boa posição acabou por desperdiçar, tendo sobre o minuto 90 Marco Grilo testado na outra baliza a atenção de Ederson Moraes.
Pouco após o remate leiriense, o Benfica fecharia o encontro da melhor forma, tendo aos 92 minutos Rúben Pinto arrancado um tento de belo efeito num bonito remate que concluía o encontro.
Caixa Futebol Campus, no Seixal
Árbitro: Ricardo Lourenço (AF. Portalegre)
BENFICA:Ederson Moraes, Pedro Almeida, Bakar Mirtskhulava, Edson Silva e Luís Martins (Daniel Martins ‘Chapas’, 85 m); Paulo Teles; Miguel Herlein (Jean Silva, 59 min.) e Francisco Santos Júnior; Diogo Caramelo (Souleymane Diagne, 78 min.), Rúben Pinto e Ivan Cavaleiro
Treinador: João Santos
U.LEIRIA: Wilson Soares; João Faustino ‘Caracol’, Miguel Rodrigues, João Brás e Ricardo Cardoso; Carlos Wallace, Mauro Eustáquio (Gustavo, int.) e Marco Grilo; Jardel (Aldir, int.), Carlos Daniel Teixeira e Dário Marquês (Wilson Cabral, 85 min.)
Treinador: Michael Kimmel
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Paulo Teles (30 min.) e Rúben Pinto (92 min.)
Flávio Reis