Aos 80 minutos, jogadores da Caranguejeira e Maceirinha começaram ao soco e pontapé sendo necessária a intervenção policial. Telmo Pinto, jogador da equipa forasteira e Andreia Braga, árbitra assistente, foram dirigidos ao hospital
O jogo que opôs a Caranguejeira ao Maceirinha acabou ao murro e pontapé. Corria o minuto 80 quando, sem que ninguém o esperasse, os jogadores de ambas as equipas começaram a agredir-se mutuamente. Rapidamente saltaram os restantes elementos do banco de suplentes, com treinadores à mistura, a entrar para dentro do relvado, alguns para serenar os ânimos mas muitos outros para colocar mais achas para a fogueira.
Como consequência dos actos bárbaros, Telmo Pinto, avançado do Maceirinha, e Andreia Braga, árbitra assistente do lado da bancada, foram transportados para o Hospital de Leiria para receberem assistência médica. No caso de Andreia Braga, esta entrou dentro das quatro linhas para impedir as agressões dos jogadores e acalmar os ânimos tendo saído bastante lesada no ‘fogo cruzado’, já que terá levado com um pontapé na zona lombar.
Em concreto, aquilo que o Diário de Leiria conseguiu apurou foi que Ruben Menino, jogador da Caranguejeira, recém-entrado na partida, agrediu um adversário sofrendo de seguida a retaliação por parte dos jogadores do Maceirinha gerando-se, então, a confusão total.
Entretanto, o técnico da casa, Jorge Menino, irrompeu pelo terreno de jogo. “O meu filho estava a levar ‘porrada’ de três jogadores do Maceirinha e tive que fazer alguma coisa”, admitiu o técnico. Quanto a Joaquim Cardoso, treinador do Maceirinha, não quis tecer quaisquer comentários sobre o que aconteceu aos 80 minutos.
O aparato da situação, juntamente com os ânimos exaltados na bancada que entretanto se tinha instalado, obrigou à intervenção da força policial que se viu obrigada a pedir reforços.
O árbitro do encontro viu-se então obrigado a dar por concluída uma partida que, de tão mal jogada, nem deveria ter começado.
Pesados castigos aguardam as duas equipas esperando-se mão pesada da Associação de Futebol de Leiria que não tolera actos de violência. No entanto, para se apurar melhor as sanções será essencial o relatório do árbitro que dificilmente conseguirá apontar o dedo a um só jogador já que o aglomerado de elementos em campo não o permitirá.
Para que conste, na altura da interrupção o resultado era de 0-0, num jogo muito equilibrado, mas com sinal mais da equipa do Maceirinha que por algumas ocasiões podia ter chegado ao golo.
José Roque (www.diarioleiria.pt)