Caranguejeira quer trocar relvado por sintético

“ São as crianças, os seniores, as chuvas, os temporais. O campo está uma lástima.” A União Desportiva da Caranguejeira pensa em deixar para trás o seu relvado natural e apostar num sintético.
O facto de ter cerca de 150 atletas provoca um desgaste que faz com que o tapete mais pareça um batatal. “ Um artificial resolvia o problema”, garantem os responsáveis. O problema é a falta
de dinheiro… “ O clube até tem um campo pelado, mas a direcção quer dar o melhor à formação”,  afirma Carlos Rosário, vice-presidente e director desportivo do clube.
Por isso, só em ultimo caso é que as crianças que dão os primeiros chutos na Caranguejeira são impedidas de pisar o relvado. No entanto, a utilização é “demasiado intensiva”,o que deteriora o tapete, que se apresenta mais castanho do que propriamente verde.
A verdade é que o problema do relvado tem vindo a agravar-se nos últimos anos. Com a reactivação de todos os escalões de formação, há um ‘mundo de gente’ a utilizar o Estádio. São sete equipas, mais a de veteranos, que de vez em quando lá vai dar uns remates. “Se houvesse condições, mais equipas havia”,
garante o coordenador do futebol de formação, Álvaro Oliveira.
Só que chega o Inverno e com ele a chuva, a humidade e a falta de sol. Por isso, segundo Carlos Rosário, “ por muito que a manutenção seja feita, o desgaste é grande”. A construção do campo de apoio, pelado, disfarçou o problema mas não o resolveu, pois não tem balneários, iluminação e nem sequer está homologado para jogos oficiais. Por isso, o clube quer avançar, tudo para dar continuidade à aposta que a actual direcção fez na formação.
A conservação do relvado da Caranguejeira, tal como da Bidoeira, é da responsabilidade da Leirisport. Esta actividade custa uma verba a rondar os 22 mil euros anuais à autarquia. Ora, um relvado sintético custa uma verba a rondar os 200 mil euros. O clube tem poucas condições para investir, e dá prioridade a pôr as contas em dia, mas estará a surgir uma hipótese de acordo?
Segundo Carlos Rosário, a direcção “já falou” com a Câmara de Leiria para procurar encontrar uma solução para este problema que, garante “com um sintético ficava resolvido”.

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