Capricho do regulamento aprovado pelos clubes. Uma equipa que já esteve “fora” de prova “arrisca-se” a ganhar a Taça de Honra da AF Castelo Branco. O assunto tem sido alvo de muita ‘conversa’, mas os agentes da modalidade reconhecem que “todos os que estiveram na reunião preparatória de início de época têm responsabilidade, porque aprovaram o regulamento”.
E o que se passa? O Clube Desportivo de Alcains, que tem dominado o campeonato (lidera com 14 pontos de vantagem), foi eliminado da Taça pelo Pedrógão S. Pedro nos penáltis.
Em teoria, o mais sério candidato à vitória na segunda prova de maior importância do calendário distrital estava fora de combate… Mas, não! O regulamento prevê repescagens e, ironia do destino, o Alcains adquiriu uma segunda vida por sorteio e agora vai jogar a meia-final com outro repescado, o Académico do Fundão. Feitas as contas, um dos finalistas da edição 2023/24 da Taça de Honra já esteve na pele de eliminado. A outra meia-final será decidida entre Águias do Moradal e Pedrógão.
Há 19 anos (época 2004/05), houve mesmo uma equipa eliminada (Escalos de Baixo) que acabou por levantar o troféu e adquirir o direito de participação na Taça de Portugal. O ruído tem sido tanto, envolvendo mesmo dirigentes, que o termo repescagem parece ter os dias contados, dando lugar a “um mais justo”, como é reconhecido no seio da Associação de Futebol, “modelo de isenção na 1.ª eliminatória”.
Artur Jorge Saraiva (JORNAL RECORD)