O União de Leiria venceu o Torreense (1-0), na partida que abriu a 13.ª jornada da Liga 2 e que se realizou na noite desta sexta-feira, no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria. Apesar do forte calor humano proveniente das bancadas do recinto leiriense (7.415 espectadores!), a verdade a temperatura do jogo foi, na maior parte do tempo, como a da noite: fria

Poucas vezes os guarda-redes foram verdadeiramente colocados à prova, sendo que os três pontos acabaram por ficar em casa porque Lucho Vega teve (literalmente) cabeça. Aos 28 minutos, e na sequência de um excelente cruzado da esquerda de Pedro Empis (de pé direito!), o médio argentino, completamente sozinho ao segundo poste, não teve dificuldade em cabecear para o fundo das redes da baliza de um desamparado Vagner, que nada podia fazer para impedir o golo do (também) sul-americano.

Rui Ferreira terá corrigido algumas situações estratégicas ao intervalo e na etapa complementar assistiu-se a um crescimento do Torreense. Não muito significativo, é um facto, mas a verdade é que o emblema do Oeste teve mais posse de bola, jogou mais tempo no meio-campo adversário e, como consequência lógica, acercou-se mais vezes da baliza defendida por Pawel Kieszek. Sem que esse facto, sublinhe-se, causasse uma enormidade de problemas ao guardião polaco dos leirienses. Longe disso. Tal como, de resto, fica bem patente no facto de a formação azul-grená ter criado apenas duas verdadeiras situações de perigo: Welthon rematou a rasar a barra, após cruzamento de Simãozinho (73′) e Balanta tentou a sua sorte de meia-distância, mas Pawel Kieszek foi junto ao seu poste esquerdo para impedir o golo do empate (84′)

Nesse período, acrescente-se, o União de Leiria demonstrou sempre uma excelente organização defensiva e, aqui e ali, tentou algumas transições. Sem ter conseguido, no entanto, causar perigo no último terço.

EDUARDO PEDROSA MARQUES ( JORNAL A BOLA)