O primeiro golo da carreira é sempre um momento para mais tarde recordar, imagine-se quando ele é conseguido com um remate do meio-campo. Paulo Manaia fechou, em grande estilo, o triunfo do FC Pampilhosa frente ao Canedo FC, na 10.ª jornada do Campeonato SABSEG, e desenhou com o seu pé esquerdo uma daquelas histórias infalíveis para quebrar o gelo em qualquer situação.
A cumprir a terceira temporada enquanto sénior, Paulo Manaia ainda procurava estrear-se a marcar e sentia o momento a aproximar-se. “Não sou jogador de fazer muitos golos mas, ultimamente, têm aparecido algumas oportunidades de rematar. Tenho vindo a ler o jogo de outra forma e aparecido bem à entrada da área para conseguir fazer a recarga de alguns dos nossos ataques. Tenho crescido nesse sentido”, explica o médio, de 20 anos, que, “enquanto miúdo, já tinha feito golos de longe, mas não do género” do que marcou no último domingo.
No derradeiro minuto do tempo de compensação, o guarda-redes do Canedo FC foi obrigado a deixar a sua baliza para cortar um contra-ataque do Pampilhosa FC. A bola ficou na posse dos jogadores canedenses, com Paulo Manaia a posicionar-se ali perto “para, se a bola sobrasse, conseguirmos ficar com ela”. Pelo meio, percebeu que o guarda-redes estava adiantado e, quando a bola sobrou para si, não teve outro pensamento que não o de rematar à baliza. “Foi muito especial, pela forma que foi, por termos ganho mas também por ter sido o primeiro. Foi a melhor forma de fazer golo, dá uma confiança muito grande”, confessa.
Atualmente, o jovem concilia a carreira no futebol com o curso de Engenharia e Gestão Industrial, que frequenta em Coimbra. “Quando era mais novo, pensava muito mais no futebol do que na escola, mas quando começamos a lidar com as pessoas que trabalham todos os dias, metemos isso como uma opção bastante viável, conciliando as duas vertentes para termos uma vida estável”, refere.
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