Extremo esteve dez meses no “estaleiro”. Após sair da U. Leiria, decidiu ficar perto de casa e ajudar os vidreiros a chegar à Liga 3. O cabo-verdiano está a “sentir-se bem” e correspondeu com um golo… na primeira vez que foi titular. Reencontrar Rui Sacramento, de quem foi colega no Arouca, pesou na decisão.
No Campeonato de Portugal há um jogador cujo currículo ostenta 96 jogos na Liga Bwin, nos quais apontou 17 golos, 12 na Liga Europa e uma participação na Taça das Nações Africanas. Kuca deu nas vistas em clubes como o Estoril, Arouca e Boavista, e aos 33 anos aceitou o desafio do Marinhense, quando estava desempregado. Foi suplente utilizado em três partidas, e na primeira vez em que figurou no onze inicial marcou, ajudando a destronar o Mortágua da liderança da Série C, com um triunfo por 3-1.
“Não queria ficar longe de casa. Os meus filhos andam na escola e não tive nenhum convite que justificasse a minha ausência. O Marinhense é um bom clube e vou fazer de tudo para os ajudar”, promete o extremo internacional cabo-verdiano, que nas duas temporadas anteriores representou a União de Leiria.
Em janeiro de 2021 sofreu uma rotura dos ligamentos cruzados que o atirou para o estaleiro durante dez meses, garantindo que está totalmente recuperado. “Tenho praticamente um mês de treino e sinto-me melhor. Claro que com as lesões os clubes ficam sempre de pé atrás. Comigo não foi diferente, mas acredito que posso chegar lá acima outra vez. Estou apto e muito feliz”, salienta.
Na Capital do Vidro é treinado por Rui Sacramento, antigo guarda-redes com quem jogou no Arouca e que pesou na decisão de ingressar no Marinhense. “Perguntou-me se estava interessado, eu disse-lhe que era uma boa opção ficar perto de Leiria e, como já o conheço, tudo foi mais fácil”, assume a O JOGO.
JOÃO MAIA (JORNAL O JOGO)