A distribuição das séries de permanência/descida, seguindo um critério geográfico, causou discórdia entre os clubes. Alguns dos emblemas que mais pontos fizeram na primeira fase dizem-se “prejudicados” porque as equipas entram, agora, com zero pontos em grupos de quatro clubes, cada, descendo os dois últimos.
Por exemplo, Loures, Sacavenense e Sintrense lutaram pela etapa de promoção até à última jornada, mas foram colocados no mesmo agrupamento e um cairá para os distritais. “Isto é um escândalo e não tem a mínima justiça”, defende Miguel Aleixo, presidente do Loures. “Para mim ninguém jogava. É uma vergonha. Vou lutar pela permanência com o Macedo de Cavaleiros, que fez seis pontos na primeira fase, quando nós fizemos 33. Acabava-se o campeonato”, atira Carlos Correia, líder do Mirandela. “Se os grupos foram ordenados geograficamente, as equipas da Madeira deviam ter ficado mais perto da zona do Porto e não ir jogar a Santa Marta de Penaguião. Fomos a Ferreira de Aves na última jornada e só tivemos despesa, porque o jogo não contava para nada”, refere Álvaro Cerqueira (Gondomar).
Bernardo Gomes de Almeida (Espinho) também acha que o modelo é “injusto” porque há “equipas mais fracas” no “mesmo grupo”, mas que os clubes já sabiam as regras. Rogério Arrais (Ferreira de Aves) concorda com o divisão territorial. “Já basta as deslocações que fizemos”, argumenta. Maná (União 1919) não compreende as queixas dos clubes. “Se fosse para mudar algo, tinha de ser antes de o CdP começar”, comenta. A FPF esclareceu que o critério geográfico é adotado “há várias épocas”.
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