O Belenenses goleou por 2-6 o Burinhosa na “aldeia do futsal”, num jogo em que a eficácia fez a diferença – e Neto também. O guarda-redes brasileiro foi crucial nestes três pontos garantidos por José Feijão, que se mantém perto dos lugares de play-off. Por outro lado, a incapacidade de transformar as sucessivas oportunidades em golo foi determinante na estreia de Nuno Veiga pelos leirienses. À partida para este jogo, o Belenenses partia na frente da classificação, com o Burinhosa a testar Nuno Veiga (técnico dos sub-20) no comando da turma da “aldeia do futsal”. Os registos defensivos da equipa visitante impressionavam e os pergaminhos foram confirmados. Gilberto Neto assumiu papel de “salvador” e garantiu uma baliza imaculada para um resultado positivo ao intervalo. O guarda-redes brasileiro assumiu o protagonismo, com um duelo particular com Freddy que o fez ser ‘amarelado’ aos cinco minutos, e lançou as bases para a vantagem mínima do Belenenses. Antes Freddy, Ciro ou Marquinhos bem tentaram descobrir o caminho para o golo, mas a equipa do Restelo estava determinada a conquistar um registo nesta temporada: o primeiro jogo sem sofrer nos primeiros 20 minutos. À passagem dos 13 minutos, e depois de um par de avisos à defesa do Burinhosa, um contra-ataque rápido permitiu a Gerson Sanches inaugurar o marcador e colocar o Belenenses em vantagem. Nem a quinta falta, cometida pelos “azuis” logo a seguir ao golo, impediu o 0x1 ao intervalo. A receita é a mesma – o resultado também Quase que apanhados de surpresa, o jogo reabre e o marcador também. Marca novamente a equipa de José Feijão ao abrir do segundo tempo! Remate de Gerson num livre a 15 metros da baliza, a bola ressalta em Alan Gittahy e entra. O estreante Nuno Veiga ‘apanha-se’ a perder por dois golos e vê a zona de descida cada vez mais perto. A toada, ou a receita como dissemos, é a mesma. “São” Gilberto apareceu como seguro de vida de um Belenenses às portas dos lugares de play-off e nem as sequências de remates dos homens da casa tomaram de assalto a baliza “azul”. Numa segunda parte em que as oportunidades escassearam, só à meia-hora de jogo surgiram sobressaltos. E se Gilberto Neto é seguro de vida, Rick bem pode ser considerado o abono do Burinhosa. O pivot brasileiro demonstrou capacidade para desfazer a muralha “azul” e, numa rotação clássica, reduziu a desvantagem aos 30 minutos. Oitavo golo de Rick em oito jogos – marcou metade dos golos da equipa do concelho de Alcobaça. E se podíamos esperar uma reação da equipa, o que aconteceu foi o contrário. Ou melhor, o mesmo dos primeiros 30 minutos. Logo após o golo, os leirienses chegam às cinco faltas e, na jogada seguinte, na sequência de um canto, Alan Gittahy retoma a vantagem de dois golos. Pouco depois, num livre de 10 metros, Nardinho acerta no poste da baliza de João Azevedo e Nuno Veiga coloca Marquinhos na pele de guarda-redes avançado, na expectativa de conseguir alcançar pelo menos o empate. Voltamos ao início: a receita é a mesma – o resultado também. Lance de contra-ataque e hat-trick de Alan Gittahy, aproveitando a baliza deserta. Até final, Freddy ainda reduziu, mas os livres fecharam definitivamente as contas no último minuto de jogo. Tiago Cruz e Gerson (este, mesmo depois do soar da buzina, a castigar mão de Ciro, que foi expulso) encontraram o caminho certeiro e o marcador parou nos 2-6, com a eficácia no contra-ataque do emblema de José Feijão a superar as oportunidades do Burinhosa. O destaque é claro para Gilberto Neto, com quase duas dezenas de defesas, a ser muito importante na primeira parte para a vantagem ao intervalo. Na segunda parte, manteve a frustração dos adversários em alta, com mais uma série de defesas que manteve os “azuis” mais tranquilos na procura dos três pontos.
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