Marco Ramos é o novo treinador do Condeixa, que vai disputar a Liga BPI na próxima temporada. O treinador, de 33 anos, conta com passagens pela equipa feminina do Ouriense, onde se sagrou campeão nacional.
Na última temporada, o jovem treinador comandou a equipa de juniores da União de Leiria e Fátima no futebol masculino.
De regresso ao futebol feminino vai tentar ajudar o Clube Condeixa a manter-se no escalão principal do futebol feminino português.
O que o levou a aceitar o convite do Condeixa?
Aceitei o convite, sobretudo pelo vontade demonstrada pelo clube Condeixa em optar pela minha pessoa para liderar este desafio. É também bastante motivador poder treinar na liga BPI e sentir que nesta fase será muito enriquecedor trabalhar fora da minha zona de conforto, ainda para mais num clube em crescimento e ambicioso, onde vou procurar implementar a minha metodologia de trabalho.
Quais são os objetivos para esta época?
Os objetivos para esta época passam por aumentar o nível competitivo, garantir a manutenção o mais rápido possível e cimentar o clube na liga BPI. Queremos também dar a conhecer a nossa forma de pensar o jogo e promover um jogo atrativo, sempre na procura de sermos candidatos aos três pontos durante os 90 minutos.
Que opinião tem sobre o alargamento na liga BPI?
Penso que para as jogadoras é positivo, porque quanto maior o número de equipas, maior é a montra para elas mostrarem o seu talento. Só se poderá tirar conclusões no final da temporada, contudo quem definiu desta forma sabe que era o melhor neste momento para o futebol feminino.
O futebol feminino tem registado um crescimento exponencial. Quais as razões?
Tem existido um grande investimento por parte da FPF no futebol feminino e a diretora Mónica Jorge tem realizado um excelente trabalho. Os clubes estão também a trabalhar muito bem na promoção do futebol feminino, nomeadamente com a criação de vários escalões de formação que tem permitido o aparecimento de novas jogadoras.
O facto de no campeonato se encontrarem o Braga, Sporting e Benfica traz maior mediatismo à competição?
São clubes bem organizados e com elevados orçamentos que trazem mediatismo ao campeonato. A presença destes clubes é mais um estímulo para as atletas. Acho que várias jogadoras vão atingir patamares de excelência e isso será uma mais-valia para o futebol feminino.
Qual é a realidade do futebol feminino na nossa região?
É positiva, porque tem aumentado o número de praticantes e também há a registar o aumento do número de equipas. O futuro está garantido e será risonho.
O plantel na próxima época vai sofrer muitas alterações?
O plantel não vai sofrer muitas alterações dada a confiança que depositamos nas jogadoras que representaram o clube na última temporada. Saíram algumas atletas, logo vamos ter que contratar algumas “peças” para encaixar no “nosso puzzle”.