Em Condeixa-a-Nova, mora o novo Campeão Distrital da AF Coimbra, e é caso para dizer que à terceira foi de vez: depois de dois anos consecutivos a terminar o campeonato na segunda posição, o Condeixa conseguiu, esta época, alcançar o objetivo que tanto almejava e, na próxima época, fará a sua estreia nos Campeonatos Nacionais.
Há dois anos, o Sourense tinha “tirado” a subida ao Condeixa, por apenas um ponto, mas, desta feita, os condeixenses superaram a formação de Soure, sendo campeões com mais dois pontos.
O “Conversas Redondas” chegou à fala com Sarmento, antigo jogador da Académica, que começou por falar da época da sua equipa:
“Foi uma época fantástica, com um grupo de trabalho incrível, onde a palavra família foi fundamental para atingirmos todos os objetivos principais, pois fomos mesmo uma verdadeira família. Acho que o nosso ‘segredo’ foi o excelente trabalho realizado por todos nós, desde jogadores, equipa técnica, direção, e técnico de equipamentos, Ricardo Panão”, contou.
Campeão com 71 pontos, o Condeixa disputou trinta jogos, dos quais venceu vinte e um, empatou e perdeu somente por uma vez, tendo marcado sessenta e quatro golos e sofrido vinte e três.
Na Taça de Portugal, a formação conimbricense começou por afastar o Mação, do CNS, com uma vitória por 3-2; e, na segunda eliminatória, não conseguiu resistir ao poderio do Paços de Ferreira, 1-3, num jogo em que estava a ganhar ao intervalo e só sofreu a reviravolta ao minuto 90′.
No que diz respeito à Taça Distrital da AF Coimbra, o Condeixa fez o pleno, com cinco vitórias em outros tantos jogos, tendo eliminado Vinha da Raínha (2-0), Arganil (2-1), Carapinheirense (3-1) e Pampilhosense (3-1), até chegar à final, onde venceu o Sourense (3-0).
Sarmento, que pode atuar como defesa ou extremo direito, sublinha que a Taça não era o objetivo principal da época, mas considera que foi um título merecido:
“A Taça de Coimbra não era o nosso objetivo principal, mas sentimos que era possível conquistar o troféu, pois estávamos muito fortes. Penso que foi mais um titulo merecido”, vincou.
Na hora de eleger os momentos mais significativos da época, Sarmento aponta ao encontro com o Real Brasfemes, na 18ª Jornada, como o melhor momento, destacando a lesão do colega Daycson, diante do Paços de Ferreira, como o ponto mais baixo da temporada:
“O melhor momento da época foi o jogo em Brasfemes, que estivemos a perder por 1-3, e virámos para 4-3. Sentimos, naquele jogo, que éramos imbatíveis. Momento mais negativo foi a lesão sofrida pelo Daycson, com o Paços de Ferreira. Foi algo que tocou o grupo, e ele foi um campeão na forma como recuperou”, destacou.
Com uma longa carreira no futebol, em que já passou por todas as divisões nacionais e até pelo estrangeiro, Sarmento esteve em vinte e uma partidas do Condeixa no campeonato, aos quais juntou mais dois encontros na Taça de Portugal.
Sobre o seu futuro, o atleta diz querer continuar a jogar e confessa que tem o sonho de, um dia, vir a ser treinador:
“Sim, já passei pela I Liga, II liga, II Divisão B, III Divisão, e, agora, Distrital, e tive algumas aventuras no estrangeiro, onde subi duas vezes em França. Atualmente, sinto-me disponível e não quero parar, ainda, de jogar. Vamos ver o que acontece, para já nada é certo. Gostava, um dia, de vir a ser treinador, pois é algo que me fascina, mas isso é um longo percurso que tenho de fazer. Para já, ainda quero jogar”, concluiu.
Sarmento, de 34 anos, começou a jogar no Taboeira, clube que representou oito temporadas nas camadas jovens e de onde se transferiu para a Académica, terminando a formação na Briosa. Como sénior, representou Académica, Académica B, Tourizense, Varzim, Sp. Covilhã, Pampilhosa, Fátima, Lusitanos Saint-Maur (França) e Marinhense, tendo chegado ao Condeixa esta época.

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