O futebolista luso-americano com raízes na Lousã, Pedro Galvão, começa em março a jogar no Cosmos, mais de 40 anos após o brasileiro Pelé e o português Seninho terem representado as cores do emblemático clube de Nova Iorque.
Pedro Galvão disse ontem à agência Lusa que foi contratado na semana passada pelo New York Cosmos, o qual vai integrar “com sentimento de orgulho” na próxima época, a partir de 1 de março, na National Premier Soccer League, que nos Estados Unidos equivale à 4.ª divisão.
O ingresso no clube ao qual Pelé esteve ligado “é acima de tudo o reconhecimento”, declarou o lateral-esquerdo, de 29 anos, que já tinha admitido vir um dia a alinhar pelos nova-iorquinos, cujo treinador, Carlos Mendes, tem também origem portuguesa.
Nos EUA, “a maioria dos futebolistas gostaria de jogar” no Cosmos, do qual o internacional Pelé (mais tarde ministro do Desporto do Brasil num governo de Fernando Henrique Cardoso) se desvinculou em 1977.
Natural de Waterbury, Connecticut, Pedro Galvão cresceu na Lousã e jogou sempre em Portugal, em diferentes escalões, até regressar em 2016 aos Estados Unidos, onde vive atualmente com a família.
Além do Benfica e da Académica, passou por clubes nacionais como o Tourizense, o Gil Vicente e o Sertanense, entre outros. Há três anos, ingressou no FC Edmonton, da North American Soccer League, e teve na altura o primeiro contacto com o Cosmos, num jogo em que a formação canadiana ganhou aos visitantes por 2-1.
Nascido em Waterbury, Pedro Galvão tem dupla nacionalidade. “Mas sinto-me orgulhosamente português”, acentuou, para salientar que “o desporto corre nas veias da família”.
AS BEIRAS