Águias do Moradal voltou a não conseguir manter-se nos nacionais

Ainda não foi à quarta vez que o Grupo Desportivo Águias do Moradal (GDAM) conseguiu estagnar o constante sobe e desce”. O emblema da freguesia do Estreito, no concelho de Oleiros, foi despromovido, novamente, ao distrital da AF Castelo Branco, desta feita numa temporada atípica, em que o quadro competitivo do Campeonato de Portugal (CPP) determina a descida de seis equipas por série, o que corresponde a mais de um terço do universo de participantes.

O presidente do Águias do Moradal diz que está na hora de “fazer uma avaliação profunda aos erros cometidos”. Aníbal Antunes, após o último jogo em casa da época (0-3 com o Lusitano de Vildemoinhos), criticou o modelo da prova, mas virou-se também para o contexto interno. Para o que foi mal feito no trabalho de casa.

“Todos criticam este modelo e o Águias também o faz. É extremamente ingrato. Está feito para outros, não para equipas com a dimensão da nossa. Mesmo representações com mais pergaminhos levantaram a sua voz contra o formato. Mas foram as regras do jogo e o Águias do Moradal não foi bem-sucedido. Não alcançámos o objetivo a que nos propusemos”, comentou o histórico dirigente. Aníbal não vira a cara ao inêxito: “Estamos cá para assumir as responsabilidades. Esta nossa participação carece de uma avaliação profunda, ponderada, para que no futuro os erros não se repitam. Falhou muita coisa”.

A opção de apostar em larga percentagem em jogadores da região não resultou e quem veio de fora, salvo uma ou outra exceção, acrescentou pouquíssimo à qualidade que se pedia. “A estruturação do plantel tem mais a ver com a equipa técnica que o projetou. Se calhar pode encontrar-se aí uma razão do desfecho. O que fizemos a mais na época anterior, fizemos a menos nesta”.

 

É tempo de analisar. E projetar o futuro. Na competição distrital o Águias do Moradal será sempre uma equipa forte. Questionámos Aníbal Antunes sobre a continuidade ou não da atual equipa técnica: “Ainda não posso adiantar. A direção está a avaliar onde estiveram as falhas, para não cometermos outras a seguir. Caso contrário nunca mais saímos disto. Queremos avaliar muito bem todas as situações. Temos algum tempo, mas desde que matematicamente a despromoção foi confirmada que estamos a pensar o futuro. Arranjaremos uma equipa competitiva”.

Artur Jorge (Jornal Reconquista)

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