O técnico escalabitano é o actual treinador da equipa do concelho do Cartaxo. A equipa soma por vitórias os jogos disputados desde a chegada do novo treinador. Confira a entrevista a Luís Casaca, treinador do Vale da Pedra, que milita na distrital de Santarém.
Até ao momento da entrada de Luís Casaca, o ACR Vale da Pedra somava três pontos em sete jogos. Como se sente ao ver a sua equipa, desde a sua entrada, somar por vitorias os jogos realizados?
Bem, naturalmente é sempre muito agradável quando vencemos, é fruto do trabalho realizado semanalmente nas unidades de treino. A equipa está a trabalhar bem, com empenho, com competência e acima de tudo estão a assimilar muito bem toda a nova metodologia de treino e seus processos. Mas continuamos o nosso caminho cientes que o mesmo é muito complicado sabendo que no campeonato todas as equipas , ou quase todas, já trabalham com os seus atletas à bastante tempo, ao qual os mais novos são oriundos das suas formações e com um ritmo competitivo já bastante elevadoç
Quais os seus objectivos para a presente época na equipa do ACR Vale da Pedra?
Os nossos objetivos estão muito bem definidos e os meus atletas sabem que, independentemente, da classificação final, o que pretendo deles é que entendam as minhas ideias e princípios de jogo, a sua organização estrutural e funcional, a forma como se devem comportar na quadra. Se no final do campeonato atingirmos este objetivo definido quando assumi a equipa, concerteza que ficamos muito satisfeitos e aí sim podemos pensar num futuro mais ambicioso.
No projecto anterior esteve ligado ao futsal feminino. Como correu essa experiência?
Para mim foi um desafio enorme, mas como não gosto de ” coisas” fáceis, aceitei, mas consciente que era um desafio a mim próprio, ao qual na minha prespetiva foi superado no geral. Foram duas épocas positivas com muito trabalho dentro de algumas dificuldades que iam surgindo ao longo da época.
Um dos momentos altos foi a presença na final da Taça do Ribatejo. Qual a sensação de logo no primeiro ano como treinador chegar ao jogo que todos querem jogar um dia?
Como referi, anteriormente, a equipa sempre acreditou no trabalho que estávamos a realizar e com o compromisso individual das atletas em prol de um esforço coletivo fez a equipa funcionar e acreditar que marcar presença na final da taça, logo no primeiro ano da equipa, era possível.
O Futalmeirim garantiu ainda a presença na Taça de Portugal. Jogar a prova rainha da modalidade é um motivo de orgulho, como resume essa passagem da sua carreira?
A Taça de Portugal é sempre motivante para as equipas mais pequenas e que vivem realidades diferentes, ao contrário de outras com estruturas mais sólidas e com bastante peso a nível Nacional. Passamos a primeira eliminatória, tanto na primeira época como na segunda, mas voltando ao que referi, sabíamos que era extremamente complicado à medida que se fosse avançando na competição.
A terminar, voltamos ao Vale da Pedra. Assumir o comando do lanterna vermelha é visto por muitos como um acto de coragem. O que o levou a aceitar este projecto?
Quando fui abordado pela direcção do clube e me apresentaram as condições e a situação atual da equipa, nem pensei duas vezes. Tenho uma equipa com uma enorme vontade, dedicação, competência nas unidades de treino e, acima de tudo, trabalham com muita seriedade, com os pés bem assentes na terra e sem pressões e com os objetivos muito bem definidos.
Miguel Mendes