Com o Nível II de treinador, André Luís, de 34 anos, vai pela primeira vez dirigir uma equipa em provas nacionais. Levou o Coruchense ao título da 1.ª Divisão da AF Santarém e agora quer alcançar a manutenção no Campeonato de Portugal.
Treinador há poucos anos, vai agora, pela primeira vez, treinar uma equipa numa competição nacional. Como encara tal responsabilidade?
Esta será a minha 7.ª época. Sinto-me preparado para este desafio. Mesmo já tendo a possibilidade, num passado recente, de treinar numa competição de nível nacional, optei na altura por dar outros passos que achava mais importantes para a minha carreira. Tudo tem acontecido na altura certa e tenho a certeza que este será mais uma etapa que irei superar com sucesso. A responsabilidade é máxima, mas acredito que na minha competência e na das pessoas que trabalham comigo.
Qual a meta que pretende atingir como treinador?
Obviamente que tentarei chegar o mais longe possível e, nessa linha de pensamento, tentarei chegar a campeonatos profissionais. No imediato, e sabendo como é difícil chegar a esses patamares, será estabilizar no Campeonato de Portugal e evitar dar passos atrás. Se os der, que sejam bem ponderados e com perspetivas de evolução de carreira.
O Coruchense reforçou-se bem ou ainda faltam jogadores?
Sendo a ideia inicial manter cerca de 80% do plantel da época anterior e mesmo não conseguindo essa percentagem por vários motivos – ainda assim conseguimos ficar com 60% da época transata -, reforçámos a equipa com jogadores que nos pudessem acrescentar qualidade. É uma divisão na qual existem muitas equipas, que antecede os campeonatos profissionais e que tem muita oferta e muita procura. Por tudo isto, e se formos minuciosos e tendo em conta a realidade do clube, não é fácil chegarmos ao tipo de jogador que queremos. Acima de tudo queremos chegar à primeira jornada com tudo praticamente definido.
Qual o objetivo que o Coruchense tem para esta época?
O primeiro grande objetivo do GD Coruchense passa por alcançar a manutenção e isso, por si só, já vai ser tremendamente difícil. Após a reformulação que houve no campeonato, onde de 16 equipas descem 6, ficar a meio da tabela é quase o mínimo, mas temos ambição de fazer uma surpresa. Em relação à Taça de Portugal, temos a ambição de chegar o mais longe possível e termos a possibilidade de chegar a eliminatórias que nos possibilitem defrontar uma equipa Liga e, a partir daí, é deixarem-nos sonhar.
GRÁCIO DOS SANTOS (JORNAL A BOLA)