
Foi uma despedida emocionada. E ao mesmo tempo bem-disposta. Recuou aos idos de 1997, quando se levantou de madrugada para ir disputar uma partida do Campeonato Nacional de Iniciados. “Achas que vale a pena acordar tão cedo para ir correr atrás de uma bola”, questionou a mãe Jacinta. O progenitor respondeu vinte anos depois: “Sim! Valeu tudo a pena”. Os sacrifícios pessoais, familiares e sociais. Ganhou muito mais. Sobretudo em amizades. Para a vida.
Despede-se das quatro linhas ainda jovem. 32 anos. “Embora não seja considerado um campeonato profissional, o nível de exigência e trabalho no CPP está a esse nível. E a minha vida laboral, já não me permite estar tão disponível como precisaria”. Por outro lado, prossegue o (ex) central, “também já estou consciente das minhas limitações. Quer-me parecer que, às vezes, o que falta aos jogadores é não terem essa consciência. Na minha autoavaliação essa abordagem racional teve que ser feita”.
É um adeus definitivo, vinca Facucho. “À carreira futebolística, seguramente. Ao futebol não sei”. Sai após dois anos inesquecíveis para a Associação Recreativa e Cultural de Oleiros, o clube do coração. “Era o momento ideal”, reiterou.
Leva “muita coisa boa” de duas décadas de futebol, algumas menos positivas, mas elege as amizades que construiu com a grande riqueza do trajeto. Jogou no Águias do Moradal, nos húngaros do Nagyszentjános, no Sertanense e – a expressão é sua – “na minha ARC Oleiros”.
JORNAL RECONQUISTA