Pampilhosense eliminado nas meias-finais

Febres e Pampilhosense disputavam o acesso à final da Taça AF Coimbra, que para o conjunto serrano seria uma estreia. Nas bancadas até já “cheirava” a final, muito publico a incentivar as duas equipas com, o jogo depois, a ter também características de uma verdadeira final, emoção, golos, paixão e bom futebol.
Depois de vencer há poucos dias em Febres para o campeonato, o Pampilhosense acreditou que podia repetir a façanha e entrou bem na partida. Logo aos 3m Jocy atirou de fora da área a trave da baliza da casa, com o guardião Quaresma já batido. A equipa serrana voltou a assustar o Febres e aos 14m Jocy, uma vez mais, colocou na área e um defesa do Febres só não cabeceou para dentro da sua baliza porque Quaresma efetuou uma grande defesa. E foi um pouco contra a corrente do jogo que o Febres vai chegar a vantagem no marcador aos 23m. O lance nasce de um livre lateral que Rodrigo apontou bem para o interior da grande área, João Pedro ainda evitou o golo com duas defesa mas Ricardo Almeida, no meio da confusão, colocou o Febres na frente do marcador. A equipa Pampilhosense tentou responder, mas só perto do final da primeira parte, aos 44m, dispôs de uma situação para marcar: Flávio Salgado marcou o livre e Jocy, solto de marcação ao segundo poste, cabeceou com muito perigo. O intervalo chegou e a vantagem estava do lado da equipa da casa, embora de forma injusta.
O Pampilhosense tinha que correr atrás do prejuízo e assim o fez no reatamento da partida. Aos 50m Figueiredo viu a desmarcação de Jocy e este, perante Quaresma, fez o golo e empatou o encontro. A equipa do Pampilhosense voltou a assustar e aos 61m Flávio Salgado cobrou um livre que esbarrou na trave da baliza do Febres. Mas o Febres estava melhor e depois da expulsão de Rafa por acumulação de amarelos (60m) soube reagir muito bem a esta contrariedade. Aos 65m Silva, na sequência de um pontapé de canto, saltou solto e cabeceou com perigo para as redes de João Pedro. O Pampilhosense voltou a encontrar-se e no último quarto de hora fez por evitar o prolongamento. Aos 89m a bola até entrou na baliza de Quaresma, Jocy rematou para defesa difícil do guarda-redes da casa e David Gonçalves apareceu a fazer o golo, mas em posição irregular segundo o árbitro assistente. Em período de compensação o Pampilhosense volta a ter uma soberana ocasião para vencer, aos 91m, Figueiredo voltou a desmarcar Jocy e este rematou ao poste da baliza de Quaresma. A sorte não estava a querer nada com a equipa serrana que assim viu o jogo a ir para prolongamento.
No prolongamento os da casa estiveram melhor, pelo menos nos primeiros 15m em que valeu ao Pampilhosense as intervenções do guarda-redes João Pedro. A primeira aos 93m, Peixinho entrou na área pela direita mas João Pedro na se deixou surpreender. A segunda aconteceu aos 97m, num lance individual de Luís Rodrigues a entrar na área para rematar cruzado para defesa difícil do guardião serrano. Mas a mais incrível foi aos 99m, e em dose dupla, Nelson surgiu isolado a rematar forte, João Pedro negou o golo e, na recarga de Luís Rodrigues, voltou a negar com uma enorme defesa.
A segunda parte do prolongamento quase abriu com a expulsão de Rola, aos 107m, que simulou uma grande penalidade e viu o segundo amarelo deixando o Febres a jogar com 9 elementos. A partir daqui o Pampilhosense bem tentou evitar que o jogo fosse para as grandes penalidades, João Palheira ainda tem uma ocasião, aos 115m, ao entrar na área a rematar forte para defesa apertada de Quaresma com o pé. Mas o cansaço dos jogadores serranos era muito e o discernimento não foi o necessário para contrariar a organização da equipa do Febres que, com 9 elementos nestes instantes finais, tapou quase sempre os caminhos para a sua baliza.
Nas grandes penalidades a equipa do Febres conseguiu levar a melhor por 3-1, com Quaresma a defender três remates da marca dos 11 metros.
Foi realmente um jogo com cheiro a uma final. Muito público afeto as duas equipas, resultado incerto, muitas incidências, golos, alegria de um lado e tristeza do outro, um quadro habitual no desporto. Assistiu-se a um jogo bem disputado com o Pampilhosense a estar melhor que o Febres ao longo dos 90m de uma forma geral, porque fases houve em que o Febres esteve por cima. Os serranos enviaram três bolas ao ferro, a ultima já em período de compensação, dando provas de que queriam evitar o prolongamento. Já no prolongamento o Febres esteve melhor, principalmente na primeira parte em que só não marcou porque o guardião serrano João Pedro esteve imparável. Nas grandes penalidades os da casa foram mais felizes e eficazes e assim seguem a caminho da final onde vão encontrar o Penelense.
O trio de arbitragem realizou um trabalho bastante positivo.


Complexo Desportivo de Febres
Assistência: cerca de 400 espetadores
Árbitro: Luís Coelho
Assistentes: João Martins e Nuno Roque

Febres:
Quaresma, Maricato, Rodrigo, Rafa, Rola, Miguel (Peixinho 70m), Nunito, Ricardo Almeida, Alex (Tiago Loureiro 62m), Silva (Luís Rodrigues 75m) e Nelson.
Suplentes não utilizados: Malva e PJ
Treinador: Patrício Duarte

Pampilhosense:
João Pedro, Tavares, João Palheira, Carapau, Samuel Almeida (Rabeca 79m), Cristiano (David Simões 109m), David Gonçalves, Gravata, Flávio Salgado, Figueiredo e Jocy.
Suplentes não utilizados: Isidro, Nuno Batista e Diogo Carvalho.
Treinador: Carlos Alegre

Ação disciplinar:
Amarelos: Carapau (28m), Cristiano (90+3m) e Jocy (100m) (Pampilhosense); Nelson (61m) e Luís Rodrigues (95m) (Febres).
Vermelhos por acumulação de amarelos: Rafa (41m e 60m) e Rola (72m e 107m) (Febres).

Golos: Jocy 50m (Pampilhosense); Ricardo Almeida 23m (Febres).

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