A 3 jornadas do final, o Benfica CB voltou ao comando da sua série. Venceu no seu reduto o Sertanense e beneficiou da derrota do Oriental! Quem ficou em posição desconfortável foi o Sertanense, que na estreia de novo treinador (Nikola Papovik), não conseguiu, pelo menos, pontuar em Castelo Branco. Contudo, os restantes resultados da jornada não lhe foram totalmente desfavoráveis. Os golos do jogo foram todos resultantes de lances de bola parada. Dani Matos e Marocas apontaram os dos encarnados e Rafael Silveira fez o golo da turma da Sertã.
Foi um jogo que valeu essencialmente pelo 2º tempo. A primeira parte foi muito táctica e com poucos ou nenhuns lances de perigo. Porém, adivinhava-se que assim fosse, face ao conhecimento mútuo que as equipas tinham uma da outra. Os únicos remates existentes no 1º tempo partiram dos pés do madeirense João Rui, que, com 2 remates, de meia distância, nem sequer conseguiu verdadeiramente incomodar Tiago Martins. Quanto ao Sertanense, limitou-se a jogar à defesa e a destruir as tentativas de ataques dos albicastrenses. Nem por uma vez importunou Hidalgo.
Na 2ª parte, o Sertanense entrou com outra acutilância e conseguiu chegar pela 1ª vez próximo das redes de Hidalgo (47`), embora sem relativo perigo. No entanto, Ricardo António, percebeu que o Sertanense queria crescer e colocou João Rui mais próximo do atacante Marocas. Como resultado, viu a sua equipa dominar as maiores incidências ofensivas do jogo. Aos 57`, valeu mesmo uma sapatada de Tiago Martins, para canto, evitando males maiores para a baliza do Sertanense. Foi o aviso ao golo que veio logo a seguir. Ao minuto 61, um lance já visto nos encarnados (por exemplo, golo diante do Oriental), com João Rui a cruzar da direita, tenso para a área, para Dani Matos cabecear para o golo. O Sertanense reagiu de imediato com Leandro a ver um livre frontal embater na parte exterior da base do poste direito de Hidalgo. Posteriormente, Marocas falhou um golo em que costuma ser certeiro no cabeceamento, mas, ao minuto 80, redimiu-se ao cabecear ao 1º poste a sequência de um canto batido por João Rui. Na recta final o Sertanense, que já jogava com 2 homens na frente (Rafael Silveira e Lucas), beneficiou de uma grande penalidade a 4 minutos do apito final, derivada de infracção cometida por João Afonso. Rafael Silveira, chamado a converter, fê-lo com sucesso. Até final os albicastrenses taparam os caminhos para as suas redes e o Sertanense não dispôs de nenhum lance de perigo. Resumindo, foi uma vitória justa da equipa que mais a procurou ao longo dos 90`.
Boa arbitragem do trio que veio de Évora. Um ou outro erro, mas sem qualquer influência no resultado. Esteve bem na assinalação da penalidade do Sertanense. 4 estrelas!

Estádio Municipal de Castelo Branco
Árbitro: Luís Catita
Auxiliares: Gonçalo Braulio e Vasco Guedelha (AF Évora)

TRIBUNA DESPORTIVA