Em jogo da Divisão de Honra, Marrazes e Nazarenos empataram a três bolas num jogo recheado de emoção. A partida começou bastante equilibrada, com as duas equipas a procurarem não arriscarem muito e a jogarem no erro do adversário. O primeiro sinal perigo, aconteceu num remate forte de Bóris, com a bola a passar muito perto do poste.
Praticamente na resposta, Bruno Novo cruzou para o cabeceamento de Tropa com Marcelo a defender para canto. Pouco depois, Daniel isolou Henrique Piló que, na cara de Marcelo, não desperdiçou e fez o 0-1.
Em desvantagem no marcador, o Marrazes reagiu e foram precisos apenas oito minutos para chegar ao empate num belo golpe de cabeça de Sady. O jogo estava bastante rápido, com a bola a estar sempre perto de ambas as balzias. Assim, em cima do intervalo, o Nazarenos colocou-se novamente em vantagem num livre cobrado pueriormente por Bruno Novo.
Em desvantagem no marcador, o Marrazes entrou mais pressionante e objectivo na segunda parte e, depois de alguns lances de perigo, chegou mesmo ao 2-2 na sequência de um canto em que André Lourenço aproveitou a confusão na área para atirar para o fundo da baliza, num lance muito contestado pelos homens da Nazaré, por alegado fora de jogo posicional de Miranda. Não nos pareceu.
O jogo continuou bastante emotivo, e Duarte dispôs de uma boa ocasião, mas o cabeceamento acabou por sair por cima da baliza de Marcelo. Na resposta, Nélson Pereira cruzou para Pedro Mirre que, com um gesto técnico perfeito, de cabeça, fez o golo para o Marrazes, o 3-2.
E foi já com o Marrazes reduzido a dez unidades, por expulsão infantil de Cláudio, que o Nazarenos voltou a criar perigo num livre de Hugo Meca, com defesa incompleta de Marcelo e Stefan, na recarga, quase fazia o golo. Já em período de compensação e num lance quase tirado a papel químico do anterior, o Nazarenos chegar mesmo ao empate com Duarte a aproveitar a defesa incompleta de Marcelo.
Empate que se pode considerar justo, tendo em conta tudo o que se passou dentro das quatro linhas, mas que certamente deixará um amargo de boca no Marrazes, pela forma como sofreram o golo do empate. Quanto ao Nazarenos, é um justo prémio, pois nunca desistiram e acreditaram sempre ser possível
chegar ao empate. Quanto à arbitragem de Rúben Capela, não foi um jogo fácil, com muitas situações de difícil julgamento, mas no global acabou por fazer um trabalho positivo, não estando isento de erros.
Marrazes 3
Marcelo, Cláudio, P.S., Miranda, Júnior, Bóris, Eusébio, André Lourenço, Nélson Pereira, Pedro Mirre, Sady. Não jogaram: Carlos, Gustavo, T. Filipe, J. Matos, J.Vitor, Tozé, Ednilson.
Treinador: Rui Bandeira.
Nazarenos 3
Bruno Estrelinha, Chico, Samuel, João Bem, Daniel, Hugo Meca (Cap.), Stefan, Bruno Novo, Tropa (Pedro, 81 min.), Henrique Piló, Duarte. Não jogaram: Danilo, Bruno Estrela, Hamilton, João Robalo, João Vieira.
Treinador: Francisco Mota.
Campo da Aldeia do Desporto, em Marrazes
Árbitro: Rúben Capela. Auxiliares: Paulo Encarnação e Ricardo Lopes.
Espectadores: 100. Ao intervalo: 1-2.
Golos: 0-1 Henrique Piló (18 min.), 1-1 Sady (26 min.), 1-2 Bruno Novo (45 min.), 2-2 André Lourenço (63 min.), 3-2 Pedro Mirre (77 min.), 3-3 Duarte (90+3 min.).
Acção Disciplinar: Amarelo a Stefan (31 min.), Duarte (32 min.), Miranda (43 min.), P.S (64 min.), Henrique Piló (67 min.), Júnior (75 min.), Cláudio (81 e 86 min.). Francisco Mota expulso do banco de suplentes.
Pedro Almeida