O jovem tenista português Frederico Silva, que venceu os dois últimos torneios juniores de pares dos Grand Slam da Austrália e Roland Garros, aceita o favoritismo para Wimbledon, mas quer ter mais sorte em singulares.
O único português a figurar na galeria dos campeões dos “majors”, admite que o duplo sucesso, ao lado do britânico Kyle Edmund, acaba por focalizar as atenções na dupla britânica em Londres, mas não desdenha uma boa campanha no quadro com mais projeção.
“Os singulares não têm corrido tão bem nos Grand Slam. Por vezes acontece ter um pouco de azar ou um dia menos conseguido. Ter vencido em pares acaba por ser é uma motivação extra, mas o meu objetivo é também conseguir bons resultados em singulares”, admitiu Frederico Silva à agência Lusa.
Para o jogador português, “chegar às meias-finais” já seria um feito positivo na prova de singulares, “onde estão todos os melhores do mundo”.Quanto à variante onde tem conseguido mais sucessos, no último ano na categoria júnior, Frederico Silva aceita naturalmente o favoritismo para um terceiro triunfo consecutivo em torneios do escalão máximo.
“Em pares, como ganhámos os últimos dois torneios do Grand Slam, já nos consideram favoritos. Vamos continuar a tentar jogar ao melhor nível para termos mais possibilidades de ganhar”, antecipou.
Para preparar Wimbledon, Frederico Silva tem treinado em “courts” de relva sintética nas Caldas da Rainha, mas parte hoje para Londres, onde disputará um torneio em relva natural, em Roehampton.
“A relva é uma superfície em que pouca gente está habituada a jogar. Há poucos torneios durante o ano todo e vou tentar adaptar-me ao máximo neste pouco tempo que tenho”, confessou.
No último ano como júnior, Frederico Silva já prepara a transição para o escalão etário principal e concorda que não será uma mudança fácil.
“A passagem para profissional é sempre complicada, mas tenho de encarar isso com naturalidade. Tenho feito alguns torneios de seniores para a passagem não ser tão repentina. Vou jogar ‘futures’ [terceiro escalão profissional] para conseguir ter o melhor ranking possível para o próximo ano”, revelou.
Oeste Global e Agência Lusa