O GRAP está nas meias-finais da Taça Distrital depois de derrotar, na sexta-feira, o Pousaflores (1-3) através da marcação de grandes penalidades. Isto porque durante 120 minutos, o nulo imperou obrigando o recurso à ‘lotaria’. Recorde-se que também na última eliminatória, o GRAP tinha eliminado o Portomosense nas grandes penalidades, mostrando que na hora ‘h’ os jogadores dos Pousos não ‘tremem’.
O resumo do que foi o jogo pode fazer-se em breves palavras: o GRAP a assumir as despesas de jogo e o Pousaflores a jogar mais em contenção apostando nas transições rápidas para surpreender. Uma estratégia da formação de Marco Ferreira que só teve resultados enquanto os seus jogadores tiveram ‘pernas’.
Nos primeiros 10 minutos de jogo, o GRAP apresentou boa circulação de bola, mas foi ‘sol’ de pouca dura já que devido ao facto de o relvado sintético estar muito escorregadio, a equipa passou a apostar mais no futebol directo. Apesar de tudo, as oportunidades de golo foram ‘tímidas’ com os remates de Rachida e Joel a passarem longe do alvo.
A resposta do Pousaflores fez-se, sobretudo, através de transições rápidas com a formação do concelho de Ansião a estar muito perto do golo por duas ocasiões, aproveitando outras tantas falhas defensivas do GRAP.
Na primeira, é Steve que fica mal na ‘fotografia’, deixando Normando cruzar para a área onde um avançado do Pousaflores apareceu a encostar para o golo. Contudo, Palecas, com 42 anos, brilhou a grande altura entre os postes do GRAP e impediu o primeiro tento. Pouco depois, novamente o guarda-redes do GRAP em grande plano quando o Pousaflores colocou uma bola nas costas da defesa do GRAP e, após cruzamento, um homem da casa dominou a bola no peito e rematou à meia volta para defesa segura de Palecas.
Até ao final da primeira parte, o jogo perdeu qualidade, com muitos passes errados e poucas oportunidades de golo. O segundo tempo começou na mesma toada, com o Pousaflores bastante recuado a jogar no erro do adversário, uma estratégia que foi fazendo mossa na defesa do GRAP com Palecas a voltar a estar em bom plano a evitar o golo dos homens da casa com uma excelente defesa.
A partir daqui, o facto de o terreno de jogo estar muito pesado teve consequências nos jogadores do Pousaflores que fisicamente foram-se abaixo, com o GRAP a controlar o jogo, e a conseguir criar algumas situações de perigo, mas Mehanana, Ferraz e Eurico falharam na hora da finalização muito por culpa também do guarda-redes, ex-GRAP, Pedro Nunes que mostrou-se muito seguro na baliza do Pousaflores.
O futebol directo da formação do Pousaflores já não conseguia incomodar a defesa contrária, nem mesmo com a entrada de Tendinha, com os minutos a passarem até ao final dos 90 minutos com o nulo no marcador.
No prolongamento, o GRAP dispôs de algumas situações de golo, mas voltou a pecar na finalização e já ao ‘cair do pano’ Tony cruzou para Mehnana que, em boa posição, rematou enrolado para defesa tranquila de Pedro Nunes naquela que foi a derradeira oportunidade até ao apito final.
Na lotaria das grandes penalidades, os visitantes foram mais felizes e eficazes. Para o Pousaflores, Pitéu rematou por cima da trave, Luís Pedro e Beto permitiram a defesa de Palecas, e João Hingá foi o único a conseguir marcar. No lado do GRAP, Ferraz atirou à trave, mas Eurico, Mehnana e Neves sentenciaram o jogo e colocaram os pousenses nas meias-finais da Taça.
José Roque (Diário de Leiria)