Benfica derrota Académica na Taça de Portugal

O Benfica afogou as mágoas de não ter conseguido bater o velho rival no clássico em Coimbra. No jogo seguinte ao empate caseiro com o F.C. Porto, a equipa da Luz dizimou a Académica, detentora da Taça de Portugal, e sublinhou a vermelho a candidatura a suceder aos estudantes.
Segue-se o Paços de Ferreira, um osso duro de roer, em duas mãos, antes da grande final de Maio, onde os encarnados não marcam presença desde 2004. Está cada vez mais perto o sonho de Jorge Jesus, com todo o mérito. E eficiência também.
Quem entra da forma como entraram os encarnados, com tamanha determinação e, sobretudo, eficácia, só pode merecer o seu destino. O início até fez lembrar o último encontro entre águias e estudantes neste mesmo estádio, em Setembro, a diferença esteve nos golos que, desta feita, entraram mesmo.
Aos 10 minutos, o Benfica já ganhava por 0-2 e tinha enviado uma bola ao ferro, ainda antes da meia hora já eram 0-3. Responsabilidades máximas para um ataque voraz, quase insaciável, mas sobretudo porque houve Lima. Muito Lima na partida.
É oficial. O brasileiro tem uma predileção por castigar a Briosa. Cinco golos em três jogos, em três provas diferentes, um pesadelo para os defesas de preto. Tão vivo esta quinta-feira pela zona do Calhabé. Nada a fazer.
Para quem falava dos riscos de sair do jogo com o «saco cheio», Pedro Emanuel no lançamento do jogo anterior, para a Taça da Liga, na Luz, afinal não foi preciso sequer sair de casa para ver isso acontecer. Há dias assim.
Assinale-se ainda, para tudo isto, a atitude séria da equipa encarnada, que compreendeu a importância do momento, soube exprimir aquilo que de melhor tem feito ao longo da época, contribuindo para isso também a forma como ambos os treinadores decidiram valorizar a prova ao colocar os melhores em campo.
Luisão regressou por fim, depois de mais de um mês de ausência, e nem de Artur Jesus abdicou. O falhanço frente ao F.C. Porto estava assim esquecido pelo técnico, o público mostrou o mesmo, brindando o guardião com aplausos no aquecimento.
O resto, era praticamente o melhor rosto da águia, apenas com as trocas de Maxi por André Almeida e de Gaitán por Ola John em relação ao último encontro. Do outro lado, Pedro Emanuel fez o mesmo. Trocou de guarda-redes, como costuma fazer, mas apostou no melhor que tinha, até no regresso do herói da Taça, Marinho.
No papel, tudo parecia bater certo. O problema foi na transição para o relvado. A Académica vale muito mais do que isto. Já de defendeu bem melhor esta época e fez mossa, que o diga o Atlético de Madrid e o próprio Benfica, que empatara nas duas anteriores visitas às margens do Mondego.
Feito o mais difícil para os encarnados, atirada por terra a dona da Taça, o resto do jogo quase perdeu interesse. A Briosa procurou minimizar os estragos, mexeu no ataque, o Benfica entrou em velocidade-cruzeiro, geriu os acontecimentos, procurou não se desgastar mais. É compreensível.
Mesmo em banho-maria, ainda deu para mais um golo, de belo efeito, diga-se, de Salvio. Já não era preciso. O saco ficou mais cheio, a Académica desmoralizou, e o jogo parecia nunca mais querer acabar, por entre falhanços e mais falhanços das águias.

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