
A equipa da casa foi sempre o conjunto mais dinâmico e lesto ao longo de todo o jogo, relativo à primeira eliminatória da Taça de Portugal. Com um Amonike endiabrado, e com o talento de João Borges e Marco Aurélio na frente de ataque, a equipa da Praia da Vitória teve chances suficientes para conseguir um resultado bem mais dilatado; valendo aos continentais as valiosas intervenções do guardião Mauro, e a desafinada pontaria dos locais.
Logo aos dois minutos Marco Aurélio inaugurou o marcador com um belo remate em arco fora da área. A turma visitante mostrava poucos mecanismos a partir para o ataque, e na defensiva deu suficiente espaço de manobra para o trio ofensivo da casa desenvolver jogadas que punham em sobressalto a retaguarda da equipa que viajou dos arredores da bonita cidade de Coimbra.
O meio-campo visitante não teve engenho nem arte para fugir à cerrada marcação dos insulares. O primeiro remate digno desse nome por parte dos penelenses aconteceu aos 22 minutos, numa altura em que o Praiense dominava claramente os acontecimentos e já tinha esbanjado vários lances de golo.
João Borges, em mais uma jogada de perfeito entendimento com os seus colegas, ampliou o resultado para 2-0 com um remate colocado onde Mauro não fica isento de culpas. Até ao intervalo o Penelense nunca incomodou a defensiva da casa, que esteve bastante atenta ao anular as ofensivas (quase sempre pelo lado direito) dos continentais.
A segunda parte abre com mais uma categórica defesa de Mauro a responder a um grande remate de João Borges. Sem nada a perder, o treinador forasteiro troca um central por um homem do meio-campo, dando maior estabilidade ao miolo da sua equipa.
No entanto, o Praiense ficou com mais espaço para explanar o seu veloz contra-ataque e não fosse Amonike e companhia desperdiçarem uma mão cheia de flagrantes oportunidades de golo, o placard teria apresentado uma diferença mais dilatada, e que na verdade espelharia melhor o que se passou dentro das quatro linhas.
O Penelense na segunda parte pouco fez para alterar o rumo dos acontecimentos e o Praiense apenas se pode queixar de si próprio para não ter aplicado ao seu adversário uma histórica goleada.
Pareceu-nos que ficaram duas grandes penalidades por marcar (para ambos os lados), mas tal facto não é suficiente para manchar o razoável trabalho da equipa de arbitragem, dirigida por Paulo Martins, de Portalegre.
Estádio Municipal da Praia da Vitória
Árbitro: Paulo Martins (AF Portalegre)
PRAIENSE 2
André Vieira, Luciano Serpa, Filipe Luís, António Alves, Nélson Gomes, Ricardo Costa, (Nuno Moreira, 45m)
Amonike, (Vasco Goulart, 90m), Benjamim, Marco Aurélio (Flávio Gomes, 70m), João Borges (cap.) e Vítor Alves
Suplentes não utilizados: Ricardo Veredas, Gilberto Meneses, Rodrigo Pereira e Mauro Maciel.
Treinador: Manuel da Costa.
PENELENSE 0
Mauro; Freddy, Bruno Nunes, (Carlos Pinheiro, 62m), Pedro Penela, Henrique (cap.), Zeca, Filipe Malta, Rafael Duarte
Bosingwa (Ibou, 72m), Cláudio (Hugo Lopes, 83m) e Daniel
Suplentes não utilizados: Tomané e Hinga.
Treinador: Jorge Duarte.
Ao intervalo: 2-0
Disciplina: cartão amarelo para Ricardo Costa (23m) e António Alves (87m).
Marcadores: Marco Aurélio (2m) e João Borges (23m).
Diario Insular