Se este jogo com a Macedónia era visto por Paulo Bento como um teste para o Campeonato da Europa (e tinha de ser, porque faltam 13 dias para o primeiro encontro a doer, logo com a Alemanha), a Seleção Nacional chumbou. E com nota muito baixa. Claro que há algumas atenuantes (já lá iremos), mas Portugal devia ter ganho. Não precisava de golear, não se pedia tanto, mas pelo menos um golinho devia ter feito. Não fez e, verdade seja dita, poucas vezes esteve lá perto.
Falemos então nas atenuantes: Paulo Bento apostou num onze que não será, em princípio, aquele a que recorrerá durante os encontros do Europeu. Nani no banco só mesmo num particular com a Macedónia e Rúben Micael não tirará o lugar a Raul Meireles (ficou provado). Só para citar dois exemplos. Depois, claro, há a questão de a Macedónia ter jogado muito fechada, algo que não acontecerá com Alemanha e Holanda. Nem mesmo a Dinamarca jogará assim. Mas isso são argumentos que não desculpam tão fraca exibição.
Para a história fica um amargo nulo perante uma Macedónia muito mais fraca que Portugal. E um jogo em que Portugal foi incapaz de encontrar soluções para chegar perto da baliza do adversário. Tentou muitos remates de longe, mas quase todos foram mal direcionados. Cristiano Ronaldo foi o que mais procurou mudar o rumo do jogo, mas nem ele estava de pontaria afinada. E depois, com as várias substituições na segunda parte, o futebol da Seleção decaiu ainda mais. O público despediu-se com assobios. Merecidos? Talvez. Não terão gostado os jogadores de os ouvir, mas foram apenas a forma de os portugueses dizerem que é preciso melhorar. Muito. Porque o Euro está aí à porta.
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