Sobra uma réstia de esperança. Se nos próximos dias, e após três reuniões da assembleia geral, não aparecerem interessados em assumir a direção do clube, o Grupo Desportivo e Recreativo Bidoeirense irá fechar portas.
O clube da freguesia de Bidoeira de Cima, concelho de Leiria, alinhou várias épocas na 3ª Divisão nacional de futebol e na Taça de Portugal, mas recentemente limitou a sua atividade às equipas de formação. Esta temporada inscreveu 93 atletas de formação na Associação de Futebol de Leiria e aguarda que a época termine (início de junho) para poder fechar a porta.
“Ainda tenho uma esperançazinha. Pode ser que quando marcarmos a última assembleia geral [prevista para dentro de um mês] apareça alguém que não deixe morrer o clube”, explica Paulo Caçador, presidente da comissão administrativa.
A decisão definitiva dependerá sempre da palavra dos sócios, refere o dirigente, considerando que “só eles poderão decidir o que fazer”. Em causa está o património do clube: dois campos de futebol 11, um de relva natural e outro pelado, balneários, quatro viaturas de transporte de passageiros e a sede. “Existe um desinteresse das pessoas e muitas dificuldades em conseguir apoios, patrocínios. As empresas estão com dificuldades e isso nota-se na quantidade de apoios que conseguimos”, acrescenta.
A posição tomada na última assembleia geral será divulgada em vários locais da freguesia, numa última tentativa de evitar este desfecho.
Para Jorge Crespo, presidente de Junta de Bidoeira de Cima, a situação é “preocupante” e vê com alguma tristeza o estado a que chegou o clube da terra, indicando que tentará “fazer o que estiver ao alcance da autarquia para solucionar o problema”.
Marina Guerra – Região de Leiria