Empate penaliza U.Leiria

O reencontro de Dominguez e Paulo Alves, antigos colegas no Sporting e na Seleção, quando eram jogadores, terminou com um cavalheiresco empate. Sem golos e (quase) sem esperança para os leirienses, que tinham este sábado, provavelmente, a derradeira oportunidade para encetarem o caminho da salvação.
Nada disso aconteceu, embora cumprindo-se a tradição do Gil de nunca ganhar em casa da União, e os comandados de Dominguez, com um calendário nada simpático nas próximas jornadas, podem ter-se despedido do escalão principal.
Já os minhotos, depois de uma primeira parte de bom nível, pareceram estar já de cabeça mergulhada na final da Taça da Liga na segunda metade do jogo. Valeu a expulsão de Edson, que condicionou os da casa, talvez impedindo que o grito de revolta após o intervalo pudesse ter tido resultados práticos.
Desengane-se quem esperava um jogo fechado, cheio de medos ou isento de risco. Ambas as equipas entregaram-se ao ataque praticamente desde o apito inicial, com o Gil a «abrir as hostilidades»: Hugo Vieira colocou à prova os reflexos de Oblak, antes de visar a trave.
Nada de novo, por conseguinte, na Marinha Grande, onde a União precisa de aquecer primeiro antes de começar a ter alguma produtividade.
Os leirienses responderam por intermédio de Ivo Pinto, que combinou com Bruno Moraes, mas viu Adriano sair-lhe ao caminho. Foi o mote para o melhor período da equipa da casa, que haveria de ver Rodrigo Galo salvar uma bola sobre a linha de golo.
Mas os comandados de Dominguez continuam a ter como calcanhar de Aquiles as transições defensivas e as várias desconcentrações e perdas de bola foram um regalo para os gilistas.
Quem tem Oblak tem uma espécie de seguro de vida e foi isso que o esloveno foi frente a Luís Carlos, que, isolado, não conseguiu evitar a defesa providencial com o pé esquerdo do guarda-redes da turma do Lis. Foi o princípio do ocaso leiriense.
Edson seria expulso pouco depois, ao ver dois amarelos em dois minutos, e, com razão ou não, a verdade é que a saída condicionou sobremaneira a União.
Dominguez arriscou tudo, com a entrada de um segundo avançado (Djaniny) e, apesar de jogar com dez, a equipa tentou fazer pela vida, remetendo os minhotos à defesa.
Só que a impaciência dos homens da Marinha permitia aos forasteiros respirarem e esticarem-se até à baliza de Oblak, que nem por isso deixou de assumir protagonismo.
Terminou a União com o credo na boca, empurrando os de Barcelos para trás, mas a cabeça há muito deixou de ajudar o corpo lá para os lados da Marinha Grande…

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