Na estreia de Dominguez regressam as vitórias

Estala o chicote e a U. Leiria ganha. Mais de três meses depois, a equipa voltou a vencer um jogo a coincidir com a entrada de um novo treinador. Foi assim com Vítor Pontes e Manuel Cajuda, repetiu-se com José Dominguez. Sem lograr uma exibição de clivagem, os leirienses tiveram o mérito de, desta feita, não cometer os mesmos erros e com isso conseguiram chamar a sorte que, nestas alturas, dá sempre tanto jeito.
O primeiro triunfo de 2012 permitiu assim aos da Marinha Grande ultrapassar o Feirense, saltando para o penúltimo lugar, agora a apenas dois pontos da linha-de-água. Um importante balão de oxigénio logo na semana em que se discutiu e chumbou o alargamento sem descidas e os treinadores vieram, de um modo geral, recusar essa «ajuda» para fugir à despromoção.
O conjunto dos Arcos, que vinha de duas vitórias consecutivas nos últimos dois encontros, por números expressivos, e diante de concorrentes diretos, encostou assim à box. Os vila-condenses souberam aproveitar bem o fator casa mas voltaram a claudicar fora de portas, onde são dos mais frágeis.
O Rio Ave teve uma entrada excelente, com muita dinâmica atacante e quase chegou à vantagem. Foram inúmeras as vezes em que Oblak teve de se aplicar para evitar o golo, face aos remate de Atsu e, principalmente, de Yazalde. Os vila-condenses respiravam confiança, desdobravam-se a preceito em direção à baliza leirienses enquanto estes demoravam a entrar na partida.
Os homens de Dominguez vivia, essencialmente, de alguns rasgos individuais, com Ogu a impor-se pela força física ou através de Cacá, uma novidade no onze, que pareceu fadado para ser o «playmaker» da equipa, a quem todos procuravam dar a bola. O brasileiro, no entanto, estava longe de conseguir resolver tudo sozinho.
A União foi melhorando e, perto do final da primeira parte, teve uma soberana oportunidade de ir para os balneários em vantagem, aproveitando um erro de Huanderson. O brasileiro saiu a destempo dos postes, alivou mal a bola, e Bruno Moraes atirou para a baliza deserta¿ mas Éder conseguiu intrometer-se e desviou para canto.
Oblak voltou a brilhar um par de vezes, à medida que lhe iam surgindo jogadores do Rio Ave isolados à sua frente – o processo defensivo continua a ser o pecado capital dos leirienses, tal como já o era com Cajuda – e a troca de Marco Soares por outro «trinco», Manuel Curto, a menos que por questões físicas, só pode ser entendida no sentido de melhorar nesse aspeto.
Quando o Rio Ave parecia sentir-se confortável, pelos espaços concedidos para contra-atacar, a União encheu-se de brio e abriu o ativo. A atrapalhação de Djaniny foi ouro para Bruno Moraes, que, perante uma bola perdida na área, aplicou um golpe inapelável para Huanderson.
Os leirienses tinham agora de lidar com uma realidade completamente nova, ao verem-se em vantagem, algo que já não lhes acontecia há muito tempo. Procurando não esbanjar a oportunidade, os comandados de Dominguez redobraram a concentração e coesão defensivas, perante um adversário bem menos lúcido.
No final, tempo ainda para aquilo que, aparentemente, parece ser um erro do árbitro, que mostrou dois amarelos a Anselmo, mas esqueceu-se de lhe dar a consequente ordem de expulsão…

www.maisfutebol.iol.pt

Comentários e pings estão fechados.

Comments are closed.

Criado por pombaldir.com Nenhuma parte deste site pode ser reproduzido sem a autorização do jornal "O Derbie" Sugestões e Criticas a este site: [email protected] ou 968 628 512 e 236 217 163