A expressão “Resvés Campo de Ourique”, que ficou célebre após o terramoto que assolou Lisboa em 1755, bem se pode aplicar ao jogo do passado Sábado, em que o HCT recebeu o Clube Atlético de Campo de Ourique (CACO). Com o estatuto de sensação da competição (7º lugar da tabela classificativa), a equipa Lisboeta chegou a Turquel ostentando a terceira melhor defesa da prova (51 golos sofridos), fazendo da consistência no setor recuado, a sua grande arma. Na primeira volta em Campo de Ourique o HCT averbou a primeira derrota (5-4) do campeonato, no dia 5 de Novembro de 2011. O início foi muito equilibrado e depois de ter colocado o jogo completamente do seu lado, ainda antes do intervalo, os alvinegros, quase que “borravam a pintura”, mas acabaram por sair por cima num triunfo muito sofrido. Saiba tudo.
As vitórias folgadas, nas duas primeiras jornadas da segunda volta, frente a Académica em casa (11-0) e Parede fora (0-9) davam moral e balanço à equipa do HCT, que tinha a confiança em alta e chegou a este jogo, perante os seus adeptos, com a vontade de confirmar a 2ª posição da classificação. O equilíbrio que se previa para este jogo com o CACO foi a nota dominante dos primeiros minutos, apesar das quatro bolas enviadas aos “ferros” da baliza de João Gouveia “Pepe”, três delas pelo “artilheiro” Vasco Luís e uma por Fábio Alexandre. Ainda assim, foram os visitantes que se colocaram em vantagem, aproveitando situação de Power Play 4×3, após expulsão de Paulo Passos. A reação alvinegra foi enérgica e no seu melhor período de todo o jogo, conseguiu “virar” o encontro em dois minutos, rubricando bons momentos até ao intervalo e chegando inclusive ao 3-1. Com este resultado no descanso, percebia-se perfeitamente que nada estava resolvido, até porque os forasteiros mostraram sempre qualidade e vontade de querer virar os acontecimentos. E foi mesmo o que aconteceu, com dois erros individuais, primeiro numa perca de bola de André Luís e depois com Tuga a facilitar na baliza turquelense, o CACO chegou ao empate (3-3) e estava por cima na partida. O ascendente dos “alfacinhas” poderia mesmo ter dado para chegar à vantagem, mas como “quem não mata morre”, os turquelenses acabaram por conseguir dois tentos em dois bons momentos individuais de Vasco Luís e Paulo Passos, após o técnico João Simões ter mexido muito bem na equipa, para dar tranquilidade. No HCT o avançado Vasco Luís voltou a brilhar, desta vez anotando um fantástico “poker”, para mostrar que está de volta aos grandes momentos no campeonato. Confira a marcha do marcador, os autores dos golos e o resultado:
Vitória difícil de alcançar, após uma exibição menos conseguida, perante o adversário mais organizado que passou por Turquel e que deixou uma imagem muito positiva, praticando um hóquei muito afirmativo.
Marcha do marcador:
0-1: Power play 4×3 e Ricardo Pedro a stickar de meia distância, com Tuga a parecer mal batido;
1-1: Contra ataque 3×2, Daniel Matias lança André Luís que assiste Vasco Luís na esquerda;
2-1: Livre direto convertido por Vasco Luís, no seu “bis”, após falta para azul de Mauro Teixeira;
3-1: Penalty marcado por Vasco Luís (“hat trick”), após falta de Hugo Gonçalves sobre Fábio Alexandre;
Ao Intervalo: 3-1
3-2: Contra ataque 2×1, Ricardo Pedro assiste Mauro Teixeira na direita e este sticka de primeira;
3-3: Ataque organizado com Rui Bravo a stickar rasteiro e Tuga a enrolar-se com a bola;
4-3: Livre direto a castigar 10ª falta de equipa do CACO e Vasco Luís a fazer o seu “poker”;
5-3: Ataque rápido 1×2, com Paulo Passos a fazer uma excelente picadinha e a marcar;
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