É quase inconcebível uma mudança tão grande de atitude da primeira para a segunda parte, numa altura em que a margem de erro é cada vez mais diminuta. O Pampilhosa voltou a desperdiçar o “factorcasa” e, mais do que isso, transformou um jogo em que teve tudo a favor (esteve em vantagem no marcador) em mais uma tarde negra para as suas cores, fruto de erros arbitrais estranhos (a grande penalidade que permitiu o empate foi
de bradar aos céus), mas sobretudo fruto de erros próprios (a expulsão patética de Nuno Pedro depois do jogo já estar parado foi um tiro no próprio pé).
Em 45 minutos de domínio acentuado, com um manancial de oportunidades a fazer esquecer tempos recentes,
Pampilhosa acabou muito justamente por se aconchegar à vantagem e ficou a dever a si próprio o dilatar da mesma.Mesmo defrontando a defesa menos batida desta série, os “ferroviários” desbarataram o último reduto visitante e apenas pecaram por não ter revelado a eficácia que se impunha.
Depois veio o desastre. A expulsão de Nuno Pedro foi o início do fim, logo de seguida a grande penalidade inexistentee o Pampilhosa nunca mais se encontrou. O Peniche, avesso às maleitas alheias, fez o que lhe competia, manteve os seus princípios dominadores, cavou uma vantagem enriquecedora e o golo de Bebé, já em tempo de compensação, não chegou para mais que o minimizar de uma derrota injusta, sobretudo por aquela primeira metade altiva. Arbitragem muito fraca e com influência no desfecho

PAMPILHOSA 2
TREINADOR: Fernando Niza.
Rafael; Bebé, Leandro, Mauro e Galvão; Ricardo Suíço, Marito (Bernardo, 75m) e Nuno Pedro; Sarmento, Leonel (Moacir, 68m) e Aidos (Sérgio Grilo, 52m).

Jorge Santos