A Juventude do Lis será, a partir de sábado, o clube do distrito de Leiria com mais participações em competições internacionais. Para trás fica a equipa de futebol da União de Leiria, que entre asTaça UEFA e Taça Intertoto representou a região no Velho Continente em cinco ocasiões. A sexta presença na Europa do andebol feminino está marcada para o próximo fim-de-semana. A equipa orientada por André Afra defronta, em jornada dupla, as ucranianas do HC Dnepryanka Kherson, com ambos os jogos a serem disputados no pavilhão do clube de Leiria.
Os 16-avos-de-final da Challenge Cup feminina estão aí. A Juventude do Lis defronta o HC Dnepryanka Kherson e, por acordo entre os clubes, as duas partidas serão disputadas no Centro Desportivo do clube do Lis. O técnico, André Afra, admite ter “algumas informações” e por isso sabe tratar-se de uma eliminatória “difícil” para as suas atletas. “Sabemos que têm sete atletas internacionais sub-21 pela Ucrânia, nós temos três por Portugal. Temos o objectivo de dignificar o nome do clube, da cidade e do andebol e vamos ver até onde podemos ir”, salienta o treinador. Sábado, pelas 17 horas, tem lugar a primeira mão, sendo que o segundo jogo está marcado para domingo às 12 horas.
Os dois jogos serão disputados em Leiria, mas não é por isso que a participação em mais uma edição da Challenge Cup sai barata à Juve. A presidente do clube, Célia Afra, ainda não fez as contas, mas, “por baixo”, aponta para os 10 mil euros. “Tivemos de comparticipar nos bilhetes das ucranianas, porque se lá fossemos jogar sairia ainda mais caro.”
Segundo as regras da Federação Europeia de Andebol (EHF), é o clube anfitrião o responsável por todas as despesas com árbitros, delegados e equipa adversária. É, pois, a Juve que tem de pagar os bilhetes de avião para os juizes da Montenegro – Miljan Vesovic e Novica Mitrovic – e para o delegado inglês – Colin Wills -, que ainda recebem uma diária e prémio de jogo. Depois, têm de ir buscá-los e levá-los ao aeroporto, tal como à equipa ucraniana, sendo ainda responsável pela alimentação, transporte e alojamento de todas estas pessoas enquanto estiverem em Portugal.
Com os apoios a serem cada vez mais escassos, a Juve teve de meter mãos à obra e organizar uma série de iniciativas, como uma festa de sopas, jantares temáticos e a mediática caderneta de cromos para conseguir pagar mais esta aventura. Mas a certeza é que vale a pena. “É sempre um momento de festa”, adianta Célia Afra. “Vamos receber visitas, numa jornada que promete, óptima para as atletas evoluírem e para os mais novos poderem aprender.”
Miguel Sampaio (Jornal de Leiria)