Nem o frio intenso que se fez sentir na cidade de Coimbra afastou o publico deste grande encontro de futebol, disputado por duas das melhores equipas da Divisão de Honra de Associação de Futebol de Coimbra.
O Vigor, dominou por completo a primeira metade da partida, obrigando o Penelense a defender com muita “cautela”, as investidas atacantes dos avançados do Vigor. O Vigor dispôs de várias oportunidades para abrir o activo, Tiago Sobreiro aos 7’ obrigou Mauro a defender para canto. O sinal mais pertencia aos homens da casa que viram aos 14’ o árbitro auxiliar anular um golo a Tiago Sobreiro, que pareceu um lance limpo. Ainda os jogadores do Vigor protestavam, e Xano muito rápido, esquiva-se em lance de contra-ataque e atira a bola ao poste à saída de Emanuel, foi o único lance de perigo do líder, durante o primeiro tempo. Aos 18’ na sequência de um pontapé de canto, Mauro, fora da sua pequena área, largou a bola das mãos, com esta a ficar à mercê de Alemão, que rematou infantilmente sobre a barra. Aos 20’ minutos Telmo rematou forte com a bola a tabelar na mão de Comboio, apesar dos protestos o árbitro assinalou pontapé de canto, ficando aqui o benefício da dúvida para a equipa de arbitragem.Paulo Breda, aos 35’ teve nos pés a hipótese de abrir o marcador já com Mauro às aranhas, e fora da baliza, demorou uma eternidade para facturar, permitindo o corte para canto.
Na segunda metade o jogo foi disputado com algum equilíbrio. O Vigor, mais concentrado, apostava na imaginação do seu meio campo, conduzido por Dani Alves e Telmo, que eram uns autênticos quebra-cabeças, para a equipa de Penela. O Penelense fazia pela “vida”, e lá na frente o desamparado Xano, não era a solução para quebrar o reduto defensivo do Vigor, jogava muito desapoiado, com a sua equipa a municiar o seu ataque com lançamentos de bola em profundidade. Aos 62’ num desses lançamentos, Xano ganhou uma bola dentro na área do Vigor e rematou forte com a bola a apanhar no caminho da baliza Luís Jorge que ofereceu o corpo à bola, esta raspou-lhe no braço e árbitro assinalou a marca de grande penalidade, tendo um critério diferente em relação a lance idêntico de Telmo na primeira parte. Zeca foi chamado a converter, e com alguma justiça, Emanuel defendeu o castigo máximo. A partir daqui o jogo foi disputado com ritmo muito intenso com lances de bom recorte técnico, o Vigor estava por cima com o Penelense a defender o nulo, ficando reduzido a 10 unidades por falta de Comboio sobre Tiago Sobreiro que viu a segunda cartolina amarela, iam decorridos 67’. Aos 70 minutos Nelsón recuperou uma boa na área do Penelense, rematou forte à baliza, Mauro já batido limitou-se a ver a bola a ser impedida de entrar na sua baliza pelo avançado do Vigor Tiago Sobreiro, que nem queria acreditar na infelicidade. O Vigor, acabou também por ficar reduzido a 10 unidades, com Alemão a ver o segundo amarelo num lance em que tinha a bola controlada, junto da linha de canto, foi abalroado pelas costas, caindo sobre a bola que agarrou com a s mãos, o Sr. Edgar Correia não entendeu assim e deu-lhe ordem de expulsão. Até final da partida registo para uma perda de Nuno Apóstolo, que não teve energia suficiente para fazer o golo, permitindo o corte milagroso de Pedro Gonçalves para canto.
O jogo chegou ao fim com uma igualdade que se serve mais os interesses dos homens de Penela do que os Vigor. Um jogo desta importância, com duas excelentes equipas, merecia maior relevo na escolha da terceira equipa.
Complexo Desportivo “Vigor da Mocidade”
Arbitro:Edgar Correia (A. F. Coimbra)
VIGOR: Emanuel; Relvão, Alemão, Fernando e Luís Jorge; Nuno Apóstolo, Telmo e Dani Alves; Carlos Pinheiro (Vieira, 78’), Breda (Nélson (68’), Tiago Sobreiro (Afonso – 82’),
Treinador: Rafael Silva
Suplentes não utilizados: Daniel Oliveira; Pedro Dinis, Francisco Seguro e Jorge Simão.
PENELENSE: Mauro; Zeca, Pedro Gonçalves, Henrique, Comboio, Pedro Penela, Salvador Sulce (Filipe Pita (72’), Xano, Rafael Duarte, João Morais e Sérginho (Filipe Malta (82’).
Treinador: Jorge Duarte.
Suplentes não utilizados: To-Mané; Xevat, Bruno Nunes, Wily e J.P.