É de profunda consternação o ambiente que, por esta altura, se vive em Nogueira do Cravo, freguesia que hoje recebeu a notícia de falecimento de Pedro Marques. O funeral está previsto para as 18h30 de amanhã.
Pedro Marques, de 37 anos, faleceu ao final da manhã de hoje e deixou de luto vários setores da sociedade oliveirense, dadas as suas ligações ao mundo empresarial, desportivo e associativo.
A dor, especialmente sentida pelos familiares que, desde a manhã da passada sexta-feira, 16 de setembro, foram informados da notícia de que o filho do nogueirense Joaquim Marques tinha sido vítima de uma violenta explosão de gás na habitação onde se encontrava em Figueira de Castelo Rodrigo, não tem fronteiras e afeta conhecidos, vizinhos e comunidade oliveirense em geral.
A cada minuto que passa, multiplicam-se os testemunhos de profundo pesar e consternação e, à porta dos pais do malogrado jovem não param de chegar todos os que, de forma sentida, se associam à dor dos familiares que se recusam a aceitar o desfecho do trágico acontecimento.
Ainda ao longe, não é difícil tomar conta do choro sentido da progenitora que clama pelo seu “amor”, que não teve forças suficientes para recuperar das profundas mazelas provocadas, na sexta-feira, pela explosão de gás e que no, trágico desfecho, já tinha sido antecipado pelo amigo e colega do mundo desportivo, Luís Simões, de 49 anos, cujo funeral se realizou anteontem.
Entre amigos, familiares, funcionários da empresa, dirigentes desportivos, atletas e autarcas o sentimento é de “grande perda”.
“O povo de Nogueira do Cravo perde um grande homem e um herói”, desabafou o tio António Cortês Fernandes que também reconhece a falta que o sobrinho vai fazer à Associação Desportiva Nogueirense (ADN).
“Vai ser muito difícil”, continuou o também responsável pelo bar da ADN e membro da direção da coletividade desportiva que, “sem palavras” para descrever a perda daquele que também considera “como filho” lembra que é a Pedro Marques que se deve a projeção associada ao clube, que iniciou a presente temporada com o objetivo de atingir a 2ª divisão nacional de futebol.
“Ainda agora deixámos um amigo e já estamos aqui na mesma situação”
Entre os jogadores que mal se recompuseram da perda do treinador adjunto, o atual momento é encarado como “uma verdadeira catástrofe”. “A equipa está de rastos”, contou o capitão Nuno Ribeiro que, hoje, foi responsável por informar o restante plantel da trágica notícia.
“Ainda agora deixámos um amigo e já estamos aqui na mesma situação”, continuou o atleta que encara a morte de Pedro Marques como “uma perda irreparável “ e um verdadeiro “drama”.
Na memória do capitão da equipa resta a imagem de um líder “sempre presente” que “nunca deixou faltar o quer que fosse” aos jogadores.
“O dinamismo do Pedro contagiava muita gente”, referiu Nuno Ribeiro que também destacou a projeção que o jovem de 37 anos deu ao clube – “quem vê o nogueirense agora e quem o viu antes, vê bem a diferença”, vincou – e o seu sucesso no mundo empresarial.
“Enquanto empresário fazia movimentar o concelho em vários aspetos”, frisou o atleta que entende estar em face de uma “perda terrível para a empresa, para Nogueira do Cravo e para o concelho”.
Nogueira de Cravo de rastos devido à morte de Pedro Marques
21 Setembro 2011 Cid Ramos