Defesa argentino estreou-se a marcar. Foi em Aveiro, remate imparável que deu a primeira vitória à equipa agora treinada por Vítor Pontes. À atenção do treinador do Benfica…
Nem um passo atrás, nem para ganhar impulso. Foi precisamente o que Shaffer fez, anteontem, em Aveiro, pontapé canhão, pontapé no destino deste argentino repetidamente proscrito na Luz, primeiro golo na carreira do lateral-esquerdo e logo num momento decisivo da vida do UD Leiria, amorfo, apático nas três jornadas anteriores.
Até que… até que o defesa que Jorge Jesus teima em não querer decidiu ligar-se à corrente e disparar, sem balanço, uma bomba, a 30 metros da baliza de Rui Rego, selando a primeira vitória da equipa agora da marinha Grande. Foi um tiro na escuridão que Shaffer espera, anseia, lhe ilumine o caminho para a luz, para o Estádio da Luz. Pergunta-se, pois, se aquele remate electrizante que saiu do pé foi o de alguém que sente ter algo a provar. Shaffer responde.
«Em momentos como aquele, não se pensa em mais nada, não há tempo para raciocinar. Tenta-se e pronto, pode ser que resulte. Tive sorte mas o meu remate estava carregado de fé. No entanto, sinceramente, importante não foi ter sido eu o marcador do golo da nossa primeira vitória, verdadeiramente importante foi o Leiria ter ganho, ter-se relançado numa altura particularmente delicada, quando já muita gente se começava a preparar para nos encomendar o funeral», sublinha o jogador, uma vez mais emprestado pelas águias, depois de passagem dolorosa pelo Rosario.
«Estive quase cinco meses sem jogar. Não foi fácil estar tanto tempo parado…»
Golo para Jesus ver
15 Setembro 2011 Cid Ramos