O Marítimo alcançou o grande rival Nacional, à condição, no sétimo lugar, depois da vitória desta sexta-feira em casa da U. Leiria, que também ultrapassou na tabela. Os insulares confirmaram que atravessam a melhor fase da época, somando a terceira vitória consecutiva, algo inédito até ao momento. Perigosamente próximos da zona de descida há coisa de três jornadas, os comandados de Pedro Martins estão agora a um passo da Europa. O futebol tem destas coisas.
A U. Leiria é que continua em queda livre, sofreu a sexta derrota consecutiva em casa, continua a revelar grandes dificuldades para marcar, apesar de até ter quebrado um longo jejum nessa matéria, e acentua a crise instalada após as saídas de Carlão e Silas. O contraste com os jogos fora de portas é gritante mas, mesmo nessa condição, a equipa também já não ganha há seis partidas…
Os ilhéus rapidamente ganharam superioridade numérica, face à expulsão madrugadora de Paulo Vinícius, e depressa trataram de ganhar vantagem também no marcador. Os madeirenses viram-se ainda a jogar com dez, no início da segunda parte, como que para apimentar um pouco a partida, mas foi apenas o mote para a avalanche que se seguiria, com três golos, alternados, que fixaram o resultado em 1-3.
Início atribulado
Kléber começou logo a garantir pontos para a sua equipa no início da partida. «Placado» por Paulo Vinícius por duas vezes, em menos de um quarto-de-hora, o brasileiro viu dois amarelos pelas duas jogadas violentas e deixou o relvado mais cedo. Por esta altura, já se tinha percebido que o avançado maritimista iria voltar a ser uma dor de cabeça para os leirienses.
Pedro Caixinha foi forçado a retirar, como mandam as regras, um avançado para reequilibrar a defesa com a entrada de Bruno Miguel. Pedro Martins também se via forçado a mexer na equipa, face à lesão de Roberto Sousa, chamando um lateral-esquerdo, Alonso, para jogar como segundo médio defensivo, ao lado de Rafael Miranda.
Num encontro que pouco mostrava de interessante nas imediações das balizas, a terceira nota de destaque desta primeira parte atípica viria com o golo martitimista, pelo incontornável Kléber, numa escapada pela direita, a fazer mossa entre Hugo Gomes e Bruno Miguel. A reacção da U. Leiria veio do banco, com a entrada de Ruben Brígido para o lugar do apático Cacá. Terceira substituição em apenas 45 minutos.
Leiria volta aos golos 559 minutos depois mais não chega
Se Paulo Vinícius tinha visto dois amarelos em 14 minutos, Alonso conseguiu fazer muito melhor: também foi admoestado duas vezes, só que apenas em três minutos! Neste caso, a expulsão foi ainda mais desnecessária e relançava a partida para a segunda parte, agora com ambas as equipas reduzidas a dez.
Os efeitos da saída do esquerdino acabaram por nem se fazer sentir, tal a eficácia do trio Kléber/Benachour/Djalma na jogada do segundo golo dos forasteiros. Os leirienses ainda lançaram a incerteza na partida, ao reduzir a vantagem, num regresso aos tentos 559 minutos depois do último, mas o Marítimo tinha jogadores endiabrados no ataque. Ganhou e ganhou com toda a justiça.
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