A temperatura e o início da primavera não foram suficientes para inspirar e aquecer as duas equipas, muito pelo contrário, provavelmente terão contribuído para o desacerto e paupérrimo espectáculo. Naturalmente, o contributo decisivo, seriam as estratégias a e inépcia demonstradas: O GRAP apresentou-se com duas linhas constituídas por quatro unidades, com um elemento à frente das mesmas, jogando nas “falhas” do adversário, em regra, através de futebol directo. Por sua vez, a Desportiva no seu habitual 4.3.3., não teve arte nem engenho para contornar os obstáculos que se lhe apresentaram. Encaixadas, as equipas “empenharam-se” em querer demonstrar quem estava mais desinspirado e tinha pior produção. Exceptuando os golos e uma falha de Eurico na “cara” de João Pedro, a primeira parte não teve mais situações dignas de registo. Apesar de uma ligeiríssima melhoria no 2º tempo, o futebol continuou arredado do Afonso Lacerda, denotando-se apenas um pouco mais de empenho, traduzido em maior emoção, situações de golo, bolas na trave e incerteza no resultado até ao último segundo. Neste período, três situações ficaram na retina: 1 – aos 50´, Ferraz, de costas para a baliza, executou um portentoso “pontapé moinho”, proporcionando uma defesa magistral a Domingos, com desvio da bola para canto; 2 – 76´- na marcação de um livre, José Parreira recepcionou a bola, aplicando um forte e colocado remate, que acabaria por esbarrar na trave da baliza da Desportiva. Finalmente, no último minuto do tempo extra, um passe coloca “Futre” completamente isolado, sem obstáculo entre si e a linha da baliza. Perante tanta facilidade, “Futre” acabaria por niglegenciar de tal forma que, quando efectuou o remate, permitiu que um adversário, com um ligeiro toque desvia-se o esférico para trave. Incrível. Este lance acabaria por ser espelho daquilo que se passou nos 90´de jogo: um desacerto total de ambas equipas, penalizando-as com um justíssimo empate, na impossibilidade de um pior castigo.
Pela segurança transmitida e pelo golo marcado, destacamos na equipa de Figueiró, João Pedro e Albertinho. Por sua vez, quanto a nós, esteve no GRAP a melhor unidade em campo, Domingos, que aos, 33;50 e 57 minutos, garantiu o empate á sua equipa. Uma palavra de apreço para Eurico, não só pelo golo, mas também pela movimentação.
José Pereira e os seus assistentes, tiveram uma actuação regular, sem interferência no jogo e resultado.
Estádio Dr.Afonso Lacerda, em Fig.Vinhos
Árbitro: José Pereira (AF.Leiria), assistido por Joni Correia e Vítor Pinto
FIG.VINHOS: João Pedro; Camisas (Beto, 78’), Renato, João Pais e Joel; Tó Alves, Rafael e Albertinho (Roberto, 65’); Futre, Ferraz e Panzer.
Treinador Paulo Neves
GRAP/POUSOS: Domingos; Steve, Brice, Fábio Martins, Toni; Marco, Ary ( Parreira, 31’), Ricardo Silva; Pedro Paraíso, Eurico e Miguel (Capão, 80’)
Treinador: Carlos Ribeiro
Marcadores: Eurico (21’) e Albertinho (31’)
Acção disciplinar: Amarelo a Toni (50’), Camisas (58’), João Pais (68’), Tó Alves (71’) e Marco (79’).
Feliciano Roldão