Diante do último classificado e talvez perante a mais fraca assistência da época, a equipa de Luís Morgado realizou uma boa exibição, naquele que era por todos encarado como o jogo do tudo ou nada. Até para a jovem equipa de Amândio Barreiras, que ganhando este jogo, ainda poderia acalentar algumas esperanças de alcançar a manutenção. Com a vitória alcançada, a tal esperança vai inteirinha para a equipa serrana. Não que fosse imprevisível, pois pela frente estava a equipa que ocupava e continuará a ocupar o último lugar da tabela, mas mais pelos números alcançados. Importante também o facto de em dois jogos consecutivos em casa, outras tantas vitórias alcançadas, uma raridade nunca antes vista esta época.
Entrada fulgurante dos jogadores unionistas nos primeiros 20 minutos da partida.
Aos 3 minutos, já Antero fazia a bola beijar a barra da baliza adversária num vistoso chapéu, embora em posição irregular.
Aos 8’, foi a fez de Zim chegar ligeiramente atrasado a uma excelente abertura de Pedro Santos.
Aos 10’, o primeiro golo serrano, por intermédio de Bruno Matias, na cobrança de uma indiscutível grande penalidade, cometida por Telmo, sobre Pedro Santos.
Finalmente aos 19’, o capitão Marco Aurélio elevou a contagem para 2 a 0, num forte e colocado golpe de cabeça, após a cobrança de um pontapé de canto, superiormente marcado por Bruno Matias.
Depois de uma dose de granizo à passagem dos 25 minutos, pareceu que os unionistas acusaram o frio intenso e ao contrário do que seria de esperar, foram os homens vindos do Alentejo a despertar para um período em que não só equilibraram a partida, como foram até superiores, fruto sobretudo dos lances de bola parada, com predominância para os pontapés de canto. Na sequência do que foi apontado aos 32’ David Nunes numa cabeçada muito idêntica à de Marco Aurélio, reduziu para 1 – 2.
Quando parecia, que esse seria o resultado até ao intervalo, Nelson Sousa depois de um lance onde o guarda-redes Passarinho, foi mesmo “passarinho”, elevou a contagem para 3 a 1. Talvez a diferença mínima, fosse o resultado mais certo ao intervalo, mas o jogo acaba aos 45 ou aos 90 minutos e só quando o árbitro apita pela última vez.
Com as duas equipas a entrarem para os segundos 45 minutos, dispostas a jogarem o jogo pelo jogo e com ambos os treinadores a realizarem uma substituição cada um, tudo se modificou com o quarto e último golo dos homens da casa, após talvez aquela que foi a melhor e mais vistosa jogada de ataque do trio composto por Pedro Santos, João Martins e Bruno Matias.
Foi de facto o “canto do cisne”, do próprio jogo, já que a União passou a dominar, mas com a intenção de ir controlando somente o jogo. A equipa vinda de Ponte de Sôr, só por uma vez assustou o atento Nelson, num pontapé de longe aos 65’ por intermédio de João Pedro. Apesar das substituições efectuadas pelos dois técnicos, pouco ou nada mudo até final.
Arbitragem serena e segura do experiente Jorge Tavares, vindo de Aveiro, apesar de uma ou outra distracção do seu auxiliar do lado da bancada dos sócios unionistas, com prejuízo para a equipa visitante.
Campo da Portela, em Santa Catarina da Serra
Árbitro: Jorge Tavares (AF.Aveiro)
U.SERRA: Nélson Fernandes; João Magalhães (Fontes, 79’), Parracho, Marco Aurélio (cap.) e Beto; Nelson Sousa e João Martins; Antero (Miguel Neves, 63’), Pedro Santos e Bruno Matias; Zim (Tamandaré, 45’).
TREINADOR: Luís Morgado
ELÉCTRICO: Passarinho; Telmo (cap.), Hugo Lopes, Miguel Fernandes e Carlos Santos; David Nunes, Leandro (João Pedro, 60’) e Alhandra, (Santana-Maia, 45’); Rui Costa, Rui Gomes e Sonyo (João Matos, 87’).
TREINADOR: Amândio Barreiras
Marcadores: 1 – 0, Bruno Matias (10’); 2 – 0, Marco Aurélio (19’); 2 – 1, Leandro (32’), 3 – 1, Nelson Fernandes (45+1’); 4 – 1, Bruno Matias (61’).
Disciplina: Amarelo a Telmo (10’); Hugo Lopes (16’); Carlos Santos (51’); João Magalhães (56’); Santana-Maia (58’); Rui Costa (80’).
Virgílio Gordo
Segunda vitória consecutiva em casa