Noite negra para o Sporting, no dia em que em Alvalade se procurava uma despedida festiva de Liedson, de partida para o Brasil.
Depois das derrotas com Paços de Ferreira e Estoril, mais um adversário equipado de amarelo deixou o leão à beira do KO. Desta vez, a proeza foi da Naval (empate 3-3), à entrada para a jornada 18 último classificado da liga, apenas com 9 pontos conquistados, fruto de três empates e duas vitórias. E se o leão não perdeu deve-o, essencialmente, a Liedson que mostrou, no dia em que se despediu de Alvalade, tudo o que fez dele um dos maiores jogadores da história do leão.
A noite começou mal quando se percebeu que ao pedido de Liedson para os adeptos encherem o Estádio José Alvalade, poucos foram os que responderam positivamente. Com casa vazia, o Sporting colocou-se à mesma em vantagem e logo através de Liedson, aos 33 minutos. O levezinho aproveitou uma bola solta na área e com o sentido de oportunidade que fez dele herói do Sporting, marcou, parecendo estar a abrir caminho para uma vitória folgada.
A Naval jogava solta e a verdade é que soube aproveitar a felicidade que teve nos instantes finais da primeira parte. Aos 43 minutos Fábio Júnior – que com um livre directo já tinha espalhado o perigo – marcou de grande penalidade o 1-1 e aos 45 minutos foi a vez de Michel Simplício marcar, aproveitando cruzamento da direita de Godemèche.
Ao intervalo a Naval vencia em Alvalade e se Postiga fez o 2-2 aos 59 minutos, também de grande penalidade, Godemèche, talvez o melhor em campo, manteve a sua equipa na luta pela manutenção. Foi aos 67 minutos, com um remate de fora da área, com o pé esquerdo, que o francês marcou o terceiro golo da sua equipa.
Aos 80 minutos, João Pedro cheirou o 2-4, aproveitando uma desatenção de Evaldo, mas a bola saiu por cima da baliza de Rui Patrício. Falhou o navalista o golo e pagou a sua equipa a factura. Saiu cara, como ao longo dos últimos sete anos saiu caro a muitos adversários ter de jogar contra Liedson.
O levezinho lutou até ao fim e conseguiu o golo do empate já perto do final. Conseguiu o golo do empate e conseguiu, também, relançar o Sporting para o jogo. Nos minutos que ficaram a faltar, ainda os leões cheiraram o golo de novo, mas o despertar foi tardio.
Para a história fica o empate a três golos, dois dos quais de Liedson, ponta-de-lança que muita falta fará ao Sporting, agora que está de saída para o Corinthians. Para a história ficam, também, as lágrimas de Liedson e dos adeptos, nas bancadas. A história dos clubes também é feita destes momentos.
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