União da Serra e Sertanense, proporcionaram à mais reduzida assistência presente no Campo da Portela em todos os jogos oficiais da actual época, um jogo triste e cinzento, como o tempo que se fez sentir. Tal como nos últimos jogos disputados em casa, a equipa de Frederico Rasteiro, continua a desbaratar pontos atrás de pontos. Não fora a excelente carreira fora de portas e a equipa estaria nesta altura em muitos maus lençóis em termos classificativos.
Também o inverso se pode aplicar. Isto é, ganhando por exemplo dois ou três jogos em casa, estaria agora nos lugares cimeiros desta zona Centro.
Isto significa que depois destas 11 jornadas, o equilíbrio é enorme e poderá estar nivelado por baixo. Com base nos últimos dois jogos em casa, sem dúvida que é o que se passa, na minha opinião.
Sem pôr a causa as vitórias, quer do Pombal há 15 dias, quer a de hoje frente ao segundo classificado, a diferença esteve nos pormenores e não na superioridade dos adversários. Pelo menos no futebol jogado, não se notaram diferenças, que se possam afirmar categóricas, fazendo da justiça a natureza do resultado final.
Como no futebol é algo prematura a palavra “justiça”, qualquer um dos resultados, vitória, empate ou derrota, se deva afirmar que qualquer das equipas a possa considerar como sua.
Foi a equipa da Sertã a adiantar-se no marcador, por intermédio de Adilson, após o primeiro pontapé de canto, em que o guardião Nelson, socou (falhou?) a bola para a frente, tendo o defesa sertanense, empurrado a bola por meio de um amontoado de jogadores para a baliza deserta.
Respondeu de imediato a equipa Serrana, também na sequência de dois pontapés de canto. Primeiro Zim a dois passos da baliza, viu a bola a embater-lhe nas pernas, não seguindo milagrosamente para as redes de Pedro Fernandes e já muito próximo do intervalo, foi Marco Aurélio a falhar ao segundo poste num lance em que costuma marcar alguns golos.
Entre estes dois lances, os homens de José Bizarro, tiveram um livre a uns bons 40 metros da baliza, onde António obrigou o guardião da casa a uma boa defesa para canto. Já os unionistas, viram Bruno Matias a atirar ao poste, depois de bom entendimento com Pedro Santos.
Resultado algo lisonjeiro ao intervalo para os forasteiros.
Na segunda parte o futebol e as equipas foram caindo de produção até final.
Com excepção para os lances dos dois golos marcados. O da União, num lance dentro da área, característico do avolumar de pernas, saltos e tentativas de chegar à bola, com o árbitro a considerar uma falta defensiva, merecedora de castigo máximo.
Nelson Sousa, tal como frente ao Cesarense na jornada anterior não falhou.
Pouco tempo teve tempo a equipa da casa para saborear o empate, diga-se que há muito se justificava. Pois apenas 4 minutos depois Júlio, arrancou pelo seu lado esquerdo, (parecendo em fora de jogo) e com um centro remate traiu Nelson Fernandes com um longo e eficaz chapéu.
Até final os serranos tentar, tentaram, mas só um livre de Bruno Matias fez perigar e de que maneira a baliza à guarda de Pedro Fernandes.
O Sertanense limitou-se a controlar a partida, com um ou outro contra-ataque inconsequente.
Para a arbitragem, apenas algum excesso de rigor na expulsão do capitão Marco Aurélio.
Campo da Portela, em Santa Catarina da Serra
Árbitro: Pedro Ribeiro (AF.Lisboa)
U.SERRA:Nélson Fernandes; Lagoa, Nelson Sousa, Marco Aurélio (cap.) e Beto; Miguel Pinheiro e João Martins; João Magalhães, (Fontes, 80’) Pedro Santos (Antero, 80’) e Bruno Matias; Zim.
TREINADOR: Frederico Rasteiro
SERTANENSE: Pedro Fernandes; André Santos, António, Adilson e Gil Barros; Tony, (Luís Fernando, 88’) Idris (cap.), Casquinha e Leo Oliveira; (Leandro, 82’) Júlio e Dany (Pedro Miguel, 90+1´).
TREINADOR: José Bizarro
Marcadores: 0-1 Adilson, 8’; 1 – 1, Nelson Sousa, 50’, penalty; Júlio, 54’.
Disciplina: Cartão amarelo a Júlio, 5’; Casquinha, 43’; Idris, 48’; Gil Barros, 49’; Bruno Matias, 56’; João Martins, 84’ e 85’.Cartão vermelho
por acumulação a João Martins, 85’.Cartão vermelho directo a Marco Aurélio, 90+3’.
Virgílio Gordo