Vigor, afinal sabe nadar!

Debaixo de um forte dilúvio em que não há memória de situação idêntica em jogos disputados no complexo desportivo do Vigor, com a presença de um publico corajoso que privou do aconchego familiar para assistir a esta batalha naval que teve de ser iluminada. Diga-se em abono da verdade que valeu a pena o tempo perdido. O Vigor entrou em campo só com o pensamento na vitória, para assim poder continuar a sonhar com a recuperação na tabela classificativa. Pela frente um adversário do mesmo campeonato apenas separado por três pontos na tabela classificativa. O estado do terreno não ajudou em nada o andamento do jogo, a bola por vezes ficava presa na relva, a quantidade de água ensopou por completo o relvado sintético. Inicialmente as equipas não arriscaram muito, todo o cuidado era pouco para prevenir os imprevistos temporais. Só de lances de bola parada é que o perigo rondou as duas balizas. O Vigor aos 16 minutos beneficiou de um livre no lado direito do seu ataque, Pimpão executou-o da melhor maneira colocando a bola nos pés de Carlos Fernandes que não gorou a oportunidade, abrindo o activo. Os visitantes aos 26 minutos, na marcação de um pontapé de canto, gelaram os adeptos do Vigor com um remate forte de cabeça de Gonçalo Guerra, mas o guardião Emanuel, atento, evitou o pior, defendendo para canto. O Vigor nesta fase passou por algumas dificuldades com o seu meio campo a perder muitas bolas. Numa dessas situações o Águias do Moradal subiu no terreno e em cima do intervalo voltou a ameaçar os homens de Tó Miranda.
No segundo tempo o Vigor atacava para o lado do campo que estava menos ensopado, cedo percebeu-se que os alas, China e Fachada, iriam causar desequilíbrios no reduto defensivo dos visitantes. Do outro lado o Águias do Moradal tinha pela frente uma zona alagada, espreitava a qualquer momento um deslize dos defesas do Vigor para poder chegar ao empate. Contudo a concentrada defesa do Vigor não colaborou com as pretensões visitantes. O meio campo do Vigor surgiu com outra atitude, remando o o suficiente para tapar as iniciativas dos homens do Estreito. Aos 59 minutos Fachada faz um passe milimétrico, isolando China, este com calma viu o guardião Fábio adiantado e fez-lhe um chapéu magnifico, com a bola a beijar o fundo das redes. A última oportunidade saiu dos pés de Fachada, aos 75 minutos driblou vários adversários e ofereceu o golo a Carlos, só que a bola prendeu na água e traiu o avançado do Vigor que falhou o remate. A partir daqui o estado climatérico agravou-se ainda mais, mas o Vigor conseguiu segurar a vantagem que dispunha sem cometer erros defensivos. O Águias do Moradal tentou a todo o custo bombear bolas para o sector defensivo do Vigor, mas os submarinos do de Tó Miranda deram conta das operações. Vitória merecida.
A equipa de arbitragem esteve em bom plano.

Complexo Desportivo do Vigor
Arbitro:Marco Gomes, auxiliado por: Gracindo Vieira e João Ruivo da A.F de Leiria.

VIGOR: Emanuel, David Lopes, Ricardo Freixo (Chipi -45’), Catarino e João Morais; Cláudio; Fachada (Paulo Bio -86’), Hugo Amado e Pimpão; China e Carlos Fernandes (Fernando – 91’).
Suplentes não utilizados: Perusy; Nuno Apóstolo, Mickael e Alex Miranda.
Treinador:Tó Miranda.

ÁGUIAS DO MORADAL: Fábio; Gil Duarte, Aíldo, Marco (Autine – 72’), Tiago Marques (Vieira -72’), Rui Paulo (Zé Augusto – 76’) Nené, Edmilson (cap.) João Mateus, Gonçalo Guerra e Patrick.
Suplentes não utilizados: Manuel Silva, Vasco Guerra, David, e Ivo Gonçalves.
Treinador: António Belo.

Marcadores: Carlos Fernandes (16’) e China (59’).

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