A U. Leiria ascendeu ao quarto lugar da classificação à condição depois de bater um dos seus rivais directos no topo da tabela, o Sp. Braga, este sábado à noite. Guiados pela inspiração do goleador Carlão, que «bisou» num primeira parte em que aconteceu quase tudo, os comandados de Pedro Caixinha são cada vez mais uma das sensações da Liga. Somaram o quarto jogo consecutivo invictos e a quinta vitória em casa, onde apenas o Sporting venceu esta época. Leões que, recorde-se, ficaram, por enquanto, para trás na tabela.
Os minhotos começaram o jogo a ganhar, graças a um golo de Matheus logo ao minuto sete mas perderam-no apenas vinte minutos depois. A queda arsenalista, depois de tão promissor início, fica ainda ligada a uma sucessão de infelicidades: primeiro a lesão de Elderson, dando lugar a Miguel Garcia, estrela cadente deste encontro ao cometer a grande penalidade na origem do primeiro golo leiriense e ser expulso apenas sete minutos depois de ter entrado em campo. Demasiados setes a ensombrar a equipa de Domingos Paciência.
Não era este, seguramente, o resultado esperado pelos arsenalistas em vésperas do decisivo encontro em Donetsk, que pode abrir portas ao sonho de continuar na Liga dos Campeões. Se calhar, os jogadores já estariam a pensar demasiado nessa partida e esqueceram que havia uma paragem antes, no Lis. Como se não bastasse, voltou a haver uma grande penalidade perto do derradeiro apito e mais duas expulsões, num final triste.

Minutos fatídicos

Matheus abriu o marcador quando nada o fazia prever. E foi sob o mesmo cenário que a U. Leiria chegaria ao empate, no tal «penalty» cometido por Miguel Garcia. Foi apenas a segunda contrariedade para Domingos Paciência. A primeira havia sido a saída forçada de Elderson, por lesão, e a terceira, claro, foi a expulsão do antigo lateral-direito do Sporting.
A União começou a acreditar e daí à reviravolta foi um instante, novamente com Carlão a assinar o golo, numa jogada de contra-ataque puro. O Braga sumia-se da partida e, mesmo com 10, poderia ter feito alguma coisa. Ao invés, os da casa quase arrumaram com a questão ainda antes do intervalo, novamente pelo inspirado Carlão.

Segunda parte para gerir e final trágico

O mesmo jogador continuou a tentar o terceiro golo numa segunda parte de gestão por parte dos homens do Lis, diante de uma formação minhota que tentou, um pouco mais, chegar ao empate mas revelou sempre falta de argumentos para o conseguir.
Ao invés, Pedro Caixinha, que também aproveitou para gerir a equipa como seria de esperar, viu os seus comandados ficarem novamente mais próximos de dilatar o resultado mas Leandro Lima e Rúben Brígido não lograram descortinar o caminho para o golo.
O último acto da desgraça minhota poderia ter ficado registado na expulsão (a segunda da noite) de Matheus, já na recta final do encontro, num encontro em Artur Soares Dias mais parecia um pistoleiro só que, em vez de balas, saiam-lhe cartões. Mas ainda houve pior: outro «penalty», outra expulsão (Mossoró, do banco), e novo golo para a União. E o próximo jogo do Sp. Braga a nível interno é com o Benfica…

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