O Ginásio ainda não perdeu qualquer jogo na Liga e o treinador não poupa nos elogios ao grupo que tem à sua disposição, salientando a união e o espírito de entreajuda reinante no plantel. O técnico diz que na Figueira os jogos preparam-se para ganhar e que o terceiro estrangeiro – que poderá chegar no final da 1ª volta – tem sido o público. Entretanto, vai jogando com três bases e continuando a baralhar as equipas adversárias…
Nos seus melhores prognósticos imaginaria o Ginásio líder invicto à quinta jornada da LPB?
Continuo a pensar, como no início do campeonato, que esta Liga vai ser muito equilibrada para pelo menos 8 ou 9 equipas e que no final vão fazer-se as contas. Por isso, eu e o meu adjunto, o Prof. João Mota, traçámos metas para o grupo e vamos tentar jogo a jogo atingi-las. Partindo desse princípio preparamos os jogos para os ganhar, na minha perspectiva não há outra maneira de pensar. Respeitamos a todos e somos humildes ao ponto de saber que temos de trabalhar muito para as coisas acontecerem. O que sucede agora com o Casino Ginásio poderia estar a acontecer com outras equipas, porque foi uma conjugação de vários factores que confluíram na condição em que estamos.
Considera que é um estado de graça ou, pelo contrário, está convencido que esta temporada a equipa é mais competitiva?
A equipa esta concentrada no que tem de fazer e no que pode acontecer. Acho que o que tem acontecido até agora é fruto do trabalho e do querer dos jogadores a equipa, à semelhança da época passada é competitiva. O que melhorámos foi a qualidade do trabalho semanal e os níveis de concentração, em todos os aspectos.
O facto de jogar com três bases tem criado muitas dificuldades às equipas adversárias, que não se têm adaptado bem a essa situação. Tal opção surgiu por força dos atletas disponíveis no plantel ou foi claramente uma opção táctica?
As duas coisas. Quando planeámos a época, estava a espera de mais um jogador para a posição de extremo , o que não aconteceu. Então tivemos de alterar as coisas e consequentemente os aspectos tácticos . Os jogadores perceberam a ideia e temos tido sucesso quando actuamos assim , mas a equipa pode jogar também com três jogadores interiores, depende das situações.
Como explica esta fase boa da equipa?
Acho que esta equipa tem personalidade e, acima de tudo, gosta muito do que faz. Gosta de competir e nunca baixa os braços. Poderia usar vários adjectivos para explicar esta boa fase, mas penso que o essencial fica resumido nisto que acabei de dizer.
A opção do terceiro estrangeiro continua em aberto?
Sim. Se tudo correr bem, no final da 1ª volta, ou no começo da 2ª, esperamos receber mais um jogador que possa ajudar-nos. Por agora o 3º estrangeiro é o nosso publico, que nos dá força.
A invencibilidade tem funcionado como um factor extra de motivação para o trabalho?
Sim, e acho que é normal em qualquer equipa que vença de forma consecutiva os índices de motivação irem aumentando. Mas não pensamos muito nisso, temos é de estar preparados para tudo o que pode acontecer no campeonato, que é muito duro e ainda só está no começo.
Que qualidades destacaria neste grupo de trabalho?
A união, a crença e a entreajuda existente tornam este grupo forte e espero que isso nunca se perca, pois é o ponto de partida para que as coisas boas aconteçam.
Carlos Seixas (www.fpb.pt)